Origin Living in the Night
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Royal Crescent

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Mensagem por Lucinda Price Qui 6 Ago 2015 - 20:07

Lucinda ainda não recuperara sua consciência por completo, seus olhos vendados aumentavam sua desorientação, sentia sua cabeça girar e suas entranhas em chamas. O efeito da droga agora prejudicara, consideravelmente, sua delicada audição. Os sons fluíam distantes e anasalados. Ela sabia que algo estava acontecendo ao seu redor, podia sentia o cheiro da agitação, mas não conseguia distinguir o que, ou quem, era. Balançou a cabeça tentando se recuperar logo.

A porta no topo da escada abriu com violência e dela os passos vacilantes do velho percorreram seus gastos degraus, mais apavorado do que nunca e, com ele, trazia também uma companhia. "Nicolau?" - imaginou - "Não...", ela sentira um perfume se espalhar pelo ar, suas narinas inflaram como as de um felino e então ela o reconheceu.

Algo chocou-se contra as grades da cela, fazendo-a assustar-se, seus ouvidos doíam, o carcereiro tropeçara em si mesmo e apoiara-se com desespero nelas. Tentou levantar a cabeça, mas a sentia pesada demais, sua audição, aos poucos, se tornava mais clara. 

Ouviu o velho tremer ao tentar abrir o grande cadeado e uma voz ao fundo se fez presente:

―  Abra a cela! Solte os grilhões dela... AGORA!

U.. riel? - sua voz saiu num chiado rouco.

A cela se abriu e antes que pudesse formular outra frase sentiu as roldanas se soltarem, liberando as corrente que a suspendiam. Ela caíra como um peso morto ao chão, o choque de seu fragilizado corpo contra ele a fez tossir e uma dor se espalhou por suas costas. Era a primeira vez, desde então, que pudera tocar seu próprio rosto e com esforço retirou a maldita venda que lhe cobriam os olhos, tirando-a com desprezo para longe. Piscou diversas vezes, tentando se acostumar com as imagens que projetavam-se em borrões ao seu redor. A fraqueza ainda a abatera, o chão úmido tocava-lhe a face e ela sentiu-se totalmente sem forças.

Lucinda se virou, seu peito tocou o chão gelado e ela se apoiou sobre os braços trêmulos. Seus fios desgrenhados espalhavam-se por sua face, colados a sua pele e seus olhos se acenderam como dois rubis fluorescentes nas sombras da cela. Do lado de fora uma silhueta se desenhou e ela pode ver seus olhos azuis procurando pelos dela: estava livre.
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Mensagem por Anabelle Lancaster Sex 7 Ago 2015 - 21:17

Voltei o mais depressa possível ao encontro de Uriel, a noite agora parecia contribuir com seu silencio. Adentrei no que sobrou da porta de entrada e segui o rastro até o andar de baixo.

- Abra a cela! Solte os grilhões dela... AGORA! – Pude ouvi-lo gritar do topo da escada, com o que parecia ser o velho que vigiava o lugar.

Pela voz parecia realmente irritado com aquilo. Não com o fato de ter de salvar Lucinda, mas de vê-la naquele estado. Desci as escadas sorrateiramente e me ocultei nas sombras da parede. Escondida, permaneci a observar a cena que se desenrolava a poucos metros de mim.

O velho finalmente abrira a cela e, pelos barulhos, soltado a vampira de suas correntes. Uriel continuou do lado de fora olhando como se não soubesse o que fazer. "Parece que isso o abalou..." Não sabia muito sobre a história dos dois, só o suficiente para saber que ele não a resgataria atoa. Os olhos de Uriel continuavam fixos para o interior da cela, como se procurasse algo.

Me concentrei para tentar ouvir algo, mas da cela só ouvi uma respiração abafada pelas paredes, "Ela está viva.." pensei comigo enquanto lembrei da garrafa de sangue que estava em meu casaco. Tirei um lenço do bolso e limpei minha mão suja pelo sangue do vampiro que havia matado na floresta e depois o guardei no mesmo lugar. Segurei a garrafa sob a roupa e continuei a observar de longe, "Não gostaria de estragar isso, será que devo?".

Decidi, então, permanecer onde estava. Por mais que quisesse ajuda-la, estava muito curiosa pra saber o que Uriel faria, ou o porquê ele estava tão abalado ao vê-la? Ele fazia o tipo anti-herói, salvando as pessoas apenas por consequência dos próprios ganhos. Mas naquele momento ele havia parado tudo apenas por ela.
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Mensagem por Uriel Ivanov Sex 7 Ago 2015 - 23:26

Uriel a muito tempo não vira Lucinda daquela forma, a única vez que a virá parecida com aquilo foi o dia em que a transformara e vê-la desse jeito o fez fortalecer o desejo de sua vingança, adentrou a cela e abaixou próximo a ela a segurando pelos ombros.

― Você realmente sabe se divertir não é Lucinda, se quisesse me ver bastava me ligar não precisava chamar a atenção assim. ― Sorriu para ela com um tom suave e divertido como de seu costume.

Em seus braços Lucinda parecia tão frágil é delicada algo Uriel aprendeu a não ver nela, pois Lucinda era uma vampira forte e determinada, tanto que ela lutou por sua vida até o fim  até ser transformada, como último recurso, Uriel chamou o carcereiro dela.

― Venha aqui! — O  homem  se aproximou, enquanto Uriel erguia Lucinda.

A colocando de pé a firmou ele sabia o quanto ela detestava se sentir desprotegida, por isso não brincou com isso, seus pulsos e tornozelos estavam roxos por causa da prata, pela falta de sangue o fator de cura estar tão lento quanto de um humano ela precisava se alimentar.

―  Lucinda você precisa de sangue, e deixei este homem para que pudesse se servir, não é o que está acostumada, mais sinto que talvez tenha algum acerto de conta a resolver.

Uriel a observou, não falou mais nada, sentiu o poder de Belle no corredor ela não havia o ocultado, o  porquê dela se manter escondida não importava para ele, mas não disse nada. Lentamente Uriel foi a soltando Lucinda enquanto via que ela conseguia ficar de pé.

― Consegue se aguentar? Depois de se alimentar precisamos partir tenho a impressão que isso tudo ainda está longe de acabar, preciso encontrar alguém e levarei vocês comigo. Poderão ficar por lar. O que fará com este homem?
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Mensagem por Lucinda Price Seg 17 Ago 2015 - 20:27

Ela o viu caminhar até ela, abaixando-se ao seu lado e a amparando pelos ombros. Ela o encarou com a expressão cansada, seus olhos apresentavam olheiras profundas e seu corpo ainda doía. Seus pulsos ardiam onde os braceletes outrora estiveram.

Você realmente sabe se divertir não é Lucinda, se quisesse me ver bastava me ligar não precisava chamar a atenção assim. - ele sorriu, mas dessa vez não estava realmente se divertindo, ela sentiu a seriedade em seus olhos.

Você não faz ideia da diversão... - sua voz soou fraca e ela se esforçou para sorrir - Talvez deva contar sua piada para aquele vampiro lunático... - ela tossiu com violência enquanto ele a colocava em pé - Te ver não estava nos planos... acredite. - ela sussurrou provocante, enquanto o mesmo ordenou que o velho se aproximasse.

―  Lucinda você precisa de sangue e deixei este homem para que pudesse se servir, não e o que esta acostumada, mais sinto que talvez tenha algum acerto de conta a resolver.

Aos poucos ela afastou seu corpo do dele, se equilibrando sem ajuda, o velho estava parado a sua frente e o pavor transbordavam-lhe os olhos. Ela riu com satisfação, seus olhos agora brilhavam intensamente, vê-lo tremer em pânico a divertia. Longe da prata suas forças retornavam gradativamente, o que contribuía para a melhora de seu humor. 

A voz de Uriel se projetou as suas costas:
Consegue se aguentar? Depois de se alimentar precisamos partir, tenho a impressão que isso tudo ainda esta longe de acabar. Preciso encontrar alguém e levarei vocês comigo. Poderão ficar por lar. - seus olhos estavam fixos nela - O que fará com este homem?

Com este medroso desgraçado? - as palavras saíram num sibilar perigoso à medida em que ela se aproximava do carcereiro - Era isso que temia, humano maldito? - agora ela se dirigia à ele, o coração do velho estava a beira de um colapso - Não adianta rezar para seu deus... - continuou com desprezo - Ele não te ouvirá esta noite. - seu olhar penetrou o dele e um riso surgiu em seu rosto. "Acalme-se e não grite." - ordenou mentalmente.

Lucinda puxou o braço do homem para si, deixando a fina pele de seu pulso exposta, seu sorriso esbanjava malícia e num movimento rápido fez um corte limpo no local escolhido com uma das unhas, o corte era profundo o suficiente para que o sangue jorrasse em uma pequena cascata escarlate. Suspendeu o braço acima de sua boca deixando que o liquido quente e revitalizante escorresse para dentro dela, sem que a pele suja encostasse em seus pálidos lábios. Sua sede fora parcialmente saciada, o suficiente para recuperar o mínimo de força. Ela largou o pulso ensaguentado e seus olhos se apagaram como dois faróis, com delicadeza passou os dedos entre os cabelos, tentando ajeitá-los, a aparência suja lhe incomodava. Ela virou-se para Uriel, seu rosto quase sem vida se iluminara após uma breve refeição, ao sentir uma fraca aura por perto relembrou as palavras antes ditas por Uriel "...levarei vocês comigo...", seus olhos encontraram os dele e sua expressão se endureceu.

Se aproxime criança, não estamos brincando de pique-esconde. - mas ela não falava com ele, seu foco recaiu sobre a parede ao lado, como se visse através dela - Depressa. - sua voz firme propagou-se pelo corredor enquanto se referia à terceira pessoa ali presente. - Não me apresentará sua convidada, Ivanov?

As dores percorriam cada parte do seu corpo, a recuperação momentânea não era suficiente para que pudesse se curar com rapidez e ela preferiu poupar a escassa energia para sair dali, não podia se dar ao luxo de descansar antes da partida. Uma dor aguda lhe atingiu a costela, como se um ferro quente lhe atravessasse com brutalidade. Levou uma das mãos ao local, dobrando o corpo na esperança de cessar a dor, um acesso de tosse invadiu sua garganta e ela escorou-se em uma das paredes. Seus lábios se contraíram num gemido doloroso. Fechou os olhos tentando se recompor, mas era inevitável se esforçar sem sentir os efeitos de seu corpo fragilizado. Olhou mais uma vez para Ivanov com seus olhos claros, a firmeza que havia neles se esvaiu e uma sombra de exaustão passou por eles, as marcas deixadas pelo tempo em cativeiro ainda permaneciam cravadas em seu interior.

Caminhou até o velho hipnotizado num esforço visível, sua mão atravessou-lhe o peito, a dor extrema arrebatou seu corpo e um grito de agonia morreu em sua garganta ao sentir o sangue subir por ela, escorrendo pelos cantos da boca, seus olhos fitavam a vampira como se suplicassem por misericórdia. Ela torceu o frágil órgão em seu peito e o puxou para fora sem exitar. Um manto de sangue cobriu o chão vagarosamente e no rosto do velho a expressão de pavor permaneceu enquanto encarava o teto com seus olhos opacos. Ela não sentira nada além de satisfação por aquilo, o fato dele ter sido hipnotizado anteriormente por Nicolau não a fazia ter compaixão por aquele humano imundo, para ela, ele não passava de uma pobre alma insignificante. Escolhera a vampira errada naquela noite e isso lhe custara sua patética existência.

- Uriel? - tornou a falar enquanto admirava o órgão em sua mão - Poderia tirar algumas barras desse portão? - ergueu uma das sobrancelhas enquanto lançou-lhe um olhar divertido - Quero agradecer a hospitalidade.
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Mensagem por Anabelle Lancaster Seg 17 Ago 2015 - 22:56

- Você realmente sabe se divertir não e Lucinda, se quisesse me ver bastava me ligar não precisa chamar minha atenção assim.

Deixei que meu corpo recostasse na parede, enquanto me indignava com tais palavras. “Então depois de tudo aquilo, é assim que ele se refere a ela?” Sorri comigo mesma. Continuei quieta, apenas escutando enquanto ambos conversavam até que Uriel disse algo sobre nos levar para algum lugar onde ele deveria ir. Ponderei sobre o que seria esse tal lugar, e porque eu deveria segui-lo, completamente distraída quando escutei a voz de Lucinda.

- Se aproxime criança, não estamos brincando de pique-esconde. – Ela se referiu a mim, ainda olhando para Uriel. – Depressa.

A passos curtos e lentos sai de onde estava e me uni a eles, enquanto que ela cobrava de Uriel uma apresentação. Num piscar de olhos Lucinda estava arcada, com as mãos nas costelas, parecia sentir dor. Apressei-me em aproximar, com a garrafa nas mãos, caso ela ainda sentisse necessidade de se alimentar.

Mas ao invés de se deixar abater, ela seguiu ate onde o carcereiro estava, e num rápido e impetuoso movimento, como esperado de uma vampira como ela, sua mão perfurou lhe o peito, acertando o coração. Encostei novamente na parede, assistindo toda a cena com um pequeno sorriso nos lábios, “Ela sabe se divertir”.

Com o coração na mão e um sinal de satisfação em seu rosto, ela chamou por Uriel. – Poderia tirar algumas barras desse portão? Quero agradecer a hospitalidade.

Ela parecia se divertir com tudo aquilo. Então fiz a única coisa que me restava, fiquei parada, assistindo a todo aquele espetáculo.
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Mensagem por Uriel Ivanov Ter 18 Ago 2015 - 16:59

Os olhos de Uriel observavam Lucinda com cautela, mesmo que ele não falasse. Como sempre mesmo em um estado crítico a língua da vampira era afiada, ela ainda parecia manter o distanciamento devido aos acontecimentos de seu passado e ele não poderia fazer nada a respeito disso, pelo menos não por enquanto.

Viu ela se aproximar do homem, como previra ela tinha alguns acertos com ele, com um movimento rápido ela abriu um corte onde o sangue jorrou, é se alimentou matando parte de sua fome.

Ela notara Belle assim como Uriel, afinal Lucinda era antiga é conseguia ser bem observadora, o sangue em suas veias já estava renovando seus sentidos, Uriel sorriu  enquanto as palavras saíram tranquilas de seus lábios.

― Lucinda... Já disse para não chamar ou outros de criança, assim vão achar que você é “velha”. — Sorriu provocando a vampira de cabelos vermelhos que apareceu no corredor caminhado até se aproximar deles. — Está é uma ajuda oportuna para meus planos e para seu resgate ela se chama Anabelle Lancaster e teve um destino difícil.

Uriel percebera a fraqueza de Lucinda enquanto falava, mais ficou quieto se ele ajudasse ainda mais, isso de alguma forma não seria uma boa coisa, ele conhecia ela para dizer isso, Lucinda tossiu se encostando em uma parede por alguns segundos, seu olhar encontrou com os de Uriel, o semblante era cansado, as marcas do tempo presa logo sumiriam do corpo mais não da mente, e Nicolau pagaria por isso.

Enquanto observava Lucinda caminhar até o velho homem, a viu tira-lhe do peito seu coração com facilidade, uma poça de sangue cobria o chão aonde o corpo havia caído, neste momento Lucinda chamou Uriel, ela segurava o coração do homem em suas mãos, pedira algo bastante estranho, ela queria algumas barras de ferro do portão da cela, ele tinha uma leve sensação do que ele iria fazer. Sem perguntar nada se aproximou das grades segurando duas barras que cederam com facilidade a sua força.

Belle por sua vez ficara em silêncio, Uriel iria apresenta-las de uma forma melhor  mais as circunstanciadas não permitiram, ele ainda precisava saber  da vampira com cabelos de fogo se o seguiria ou se iria tomaria seu próprio caminho, realizando sua vingança, mas se o fizesse qual seria seu propósito depois disso.  Colocando as barras no chão se virou para Lucinda.

― Ai esta as barras, apenas não demore, você esta precisando de um banho, é roupas limpas vamos passar no hotel que Belle esta e depois seguiremos para outro lugar, se ela quiser nos acompanhar será bem vinda se não do hotel nos despedimos.
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Mensagem por Lucinda Price Ter 18 Ago 2015 - 17:23

A vampira ruiva se aproximou, adentrando o recinto a passos lentos. Estacou próximo a saída sem nada dizer, seus olhos analisavam as duas figuras a sua frente.

Lucinda... Já disse para não chamar os outros de criança, assim vão achar que você é “velha”. - repreendeu Uriel com seu jeito irônico, um sorriso escapou-lhe dos lábios, ele gostava de provocá-la.

A vampira preferiu poupar-lhe uma resposta mal criada, sabia que Uriel tinha vindo por ela porque no fundo devia se importar e por mais que ele achasse o contrário ela o reconhecia por isso e era grata... ao jeito dela de ser. Ela lançou-lhe um breve olhar, como se dissesse "não me provoque" e então voltou sua atenção para a jovem atrás de si.

Não imaginei que traria uma vampira muda... - ela deixou o coração cair de sua mão e aproximou-se da ruiva. Tinham a mesma estatura e Lucinda ficou face a face com ela, seus corpos quase se tocando — Acho que não preciso dizer o que houve com o último que não me respondeu... Não é? - ela indicou o cadáver com os olhos e sorriu deixando a mostra seus dentes perfeitos. Lucinda aspirou o cheiro que a convidada trouxera consigo e discretamente sussurrou, para que apenas ela pudesse lhe ouvir — Eu sei que foi você...

Sem esperar que Uriel pudesse compreender a cena ela se afastou, tornando a andar ao redor dele. Uma dor incômoda tentava insistentemente tirar-lhe o foco, mas ela resistia a isso. Próximo de Uriel ela elevou os olhos para encara-lo, não sabia dizer se ele estava mais alto ou era ela quem ficara longe tempo demais e riu em silêncio até que ele voltasse a falar.

Esta e uma ajuda oportuna para meus planos e para seu resgate - fez uma pausa e continuou — Ela se chama Anabelle Lancaster e teve um destino difícil.

Anabelle... Lancaster... Destino difícil, não é? - Lucinda repetiu em voz alta, como um computador à procura de informações — É um belo nome, mas... devo me emocionar agora ou depois? - riu com sutileza acompanhando o olhar de Uriel até a ruiva e depois de volta para ele.

Observou as grades do portão cederem facilmente a Ivanov, ela não queria dizer, mas naquele momento uma tarefa simples como aquela exigiria esforços demais para seu corpo ainda fraco, por isso pedira-lhe tal favor.

Ai estão as barras - as palavras saíram com calma, mas seu tom estava agitado - Apenas não demore, você esta precisando de um banho e roupas limpas. - ela sentiu que ele a analisava por completo - Vamos passar no hotel que Belle esta e depois seguiremos para outro lugar, se ela quiser nos acompanhar será bem vinda se não do hotel nos despedimos.


Lucinda fez uma breve referência, demonstrando que compreendera seus planos, enquanto baixou para apanhar uma das barras do chão. Então, caminhou com calma até o corpo caído e o suspendeu pela suja camisa, empurrando-o contra a parede. Sua expressão era de indiferença e num movimento firme fincou a barra em meio ao tronco do velho com a maior força que conseguira aplicar. O metal  o atravessou como uma agulha num tecido qualquer e cravou na dura parede o suficiente para que o corpo ficasse pendurado. Ela tirou-lhe a cabeça e também a cravou na parede com a barra que sobrara, mas dessa vez a pendura-la pela língua. Afastou-se de costas e seus olhos brilharam ao ver a obra prima que acabara de criar. "Perfeito." Passou as mãos ensanguentadas pelo vestido, já sujo, e respirou fundo tentando amenizar a dor pulsante nas costelas. "Maldita seja..."

Ela agia o mais natural possível diante daquela situação, não seria um fardo para ninguém ali, por isso, deveria se manter por ela mesma. Sua satisfação fora saciada o suficiente por hora e decidiu que deveriam partir logo, não gostaria que fossem apanhados em flagrante por aquele vampiro lunático e sádico naquela ocasião.

Creio que é chegada a hora de irmos - ela passou a mão nos cabelos, esticando-os até seu campo de visão — Preciso de um banho com urgência. - fez uma careta descontraída.
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Mensagem por Anabelle Lancaster Dom 23 Ago 2015 - 21:18

- Acho que não preciso dizer o que houve com o ultimo que não me respondeu... Não é? – Disse Lucinda sorrindo, se referindo o velho que jazia ao lado, e como resposta eu sorri de volta. Ela aspirou o ar a minha volta, e depois sussurrou para mim. – Eu sei que foi você...

Ela esta falando do perfume”. Levemente abri os lábios, um tanto surpresa, já que o frasco estava fechado em meu bolso. Mas, até onde minhas pesquisas me levaram, Lucinda era uma vampira um tanto antiga, então poderia se esperar tais feitos dela.

Uriel, que até então havia se mantido quieto, apenas observando, manifestou-se, me apresentando à Lucinda. Ajuda oportuna, foram às palavras que Uriel usara para me descrever. Ergui uma sobrancelha, olhando para ele, um tanto indignada, pois não me via daquela forma. Nos últimos tempos, tudo o que estivera fazendo fora vigiar cada passo de Nicolau, sendo então uma informante e espiã. Mas por fim me conformei, afinal, não havia porque esperar gentilezas de Uriel, ainda mais quando estava evidente que ele se preocupava tanto com Lucinda a ponto de não ligar para mais ninguém a sua volta.

- Anabelle... Lancaster... Destino difícil, não é? – Lucinda repetiu as palavras ditas por ele, parecia pensar em cada uma delas. – É um belo nome, mas... devo me emocionar agora ou depois?

Sorri para Lucinda, que não demorou sem olhar um mim, voltando-o para Uriel, que disse algumas palavras a ela, sobre ser breve e a necessidade de um banho. A mesma tomou as barras, que Uriel havia arrancado do portão para ela, e cravou-as no corpo do velho, prendo-o a parede.

- Uriel, eu vou seguir com vocês, por um tempo. Estou um tanto curiosa em relação a Lucinda.

Abaixei meu olhar, acenando levemente com a cabeça, e tornei a olhar para Lucinda. Abri um largo sorriso, desencostando da parede e me aproximando para ver melhor toda aquela maravilhosa cena. Lucinda havia feito uma obra de arte na parede, a cabeça do velho estava separa do corpo, pendurada apenas pela língua, enquanto o mesmo tinha uma expressão de medo e pavor no rosto, e seus olhos pareciam focar quem quer que entrasse por aquela porta.

Eu ainda estava maravilhada, olhando o cadáver, quando ela se virou para a saída, e disse que deveríamos ir, e que também precisava de um banho. “Isso me lembra...

- Lucinda, tomei a liberdade de recolher suas coisas no Royal Crescent e levar comigo para um hotelzinho, não muito longe de lá. – Falei, enquanto arrumava uma mecha do cabelo atrás da orelha. Foi então que me lembrei da garrafa na mão, que estiquei para ela. - Se você precisar de mais sangue, esse me parece mais apetitoso.
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Mensagem por Uriel Ivanov Seg 24 Ago 2015 - 12:15

Deixando as barras no chão Uriel encostou na parede mais próxima, apenas esperando para ver o que Lucinda planejava fazer, ele já imaginava que seria algo mortal, afinal ela sempre o surpreendia em seus excessos de fúria e frustração contidas, é era impossível não ver que aquele não era um daqueles momentos.

Ela se abaixou é pegou uma das barras, suspendo o corpo do homem morto com facilidade o atravessou com a barra o afixando na parede, com um movimento limpo desmembrou a cabeça do corpo, pegou a outra barra é o prendeu pela língua, Uriel olhou tal atuação erguendo uma sobrancelha enquanto um sorriso travesso surgiu em seus lábios enquanto ela limpava as mãos no vestido que de um vermelho se tornara marrom.

Virou-se para Belle e eu, é anunciou que deveríamos partir, Uriel partilhava desta mesma opinião, tentando ajeitar o cabelo Lucinda parecia desgostosa com sua aparência, e o aviso de um banho lhe pareceu bastante atraente naquele momento após uma careta de indignação.

Belle por sua vez apenas permaneceu em silêncio, após a chamada de Lucinda a vampira de cabelos vermelhos se aproximou dela, ainda mantendo seu sorriso completamente branco, se virou para Uriel,  aceitando a oferta de segui-los por um tempo, a curiosidade dela em Lucinda seria talvez  em imaginar como uma vampira em tal situação conseguia ainda parecer poderosa é nobre, mas mal sabia ela que talvez estava indo para o fim derradeiro onde não existiria volta nem mesmo para os imortais.

Os olhos dela seguiram para Lucinda é seu sorriso não vacilou, como se tudo aquilo fosse uma diversão sem tamanho, como uma criança que acaba de ganhar o melhor presente do mundo, falou diretamente com ela que havia pegado as coisas dela e levado para o hotel em que estava, olhando para sua mão vira que ainda segurava a garrafa de sangue que havia trazido, esticou a garrafa para Lucinda é falou que se quisesse mais poderia bebe-la, mas Uriel se adiantou.

―  Acho que vou ficar com esta garrafa se não se importa.— Avançou pegando a  garrafa da mão de Belle.— Lucinda  neste momento precisa descansar acho que o sangue que ela bebeu precisa começar a agir no organismo, é estou com sede, já que  você  pegou esta garrafa e nem me ofereceu.— Falou Uriel olhando para Belle com uma sobrancelha de desafio.

Após isso os três saíram do prédio, os corpos do lado de fora dos vampiros haviam virado cinza, a porta estava destruída, o céu noturno trazia consigo uma lembrança é um aviso oculto, as peças estavam começando a serem descartadas, peões precisariam ser sacrificado para se conseguir o xeque-mate, mas quem faria o primeiro movimento.

― Então vamos... Passaremos no Hotel de Belle, onde Lucinda tomara um banho e vestirá apropriadamente, afinal precisará esta apresentável, Belle faça o mesmo, para onde vamos não é muito longe, mais digamos que se vamos “morrer” que estejamos bem vestidos. ― Sorriu olhando para elas. ― Lucinda consegue nos acompanhar posso carrega-la. ― Provocou um pouco mais.

Eles saíram em disparada em uma velocidade mais branda para que Lucinda não se cansasse muito e assim partiram para o hotel, de onde rumaram depois para o Castelo de Arundel, onde uma arriscada jogada deveria ser lançada.
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Mensagem por Nicolau Miac Seg 24 Ago 2015 - 12:43

Nicolau aguardava no grande Hotel Royal Crescent, os acontecimentos que tanto aguardava começavam a aparecerem, ele aguardava algumas informações que estavam sendo coletadas, apesar de saber que Uriel estava por perto não se importou, se encontrava próximo demais para se preocupar com pequenos contra tempos.

Sua preocupação com assuntos que poderiam levar ele ao posto que tanto desejava, eram mais importante, volte é meia seus pensamentos voltavam para Lucinda, em sua agressividade, sua petulância, sempre lhe tirando um sorriso, estava com planos de ir visitá-la quem sabe até lhe proporcionar instalações  mais adequadas.

Mais seu bom humor desapareceu ao ir até a velha construção, onde vira o estrago que ocorrerá, policiais  estavam em volta dizendo que poderia de sido um maníaco, pois apenas um louco faria tal atrocidade com um homem como fizera com aquele que se encontrava no subsolo daquele prédio antigo.

Nicolau sabia que Uriel iria tentar alguma coisa, mas ele esperava que isso demorasse um pouco mais, os vampiros que colocou para vigiar era para agir  somente se fosse uma pessoa que fossem capaz de dar conta, mas pelo visto não foi o caso, pelo que havia ouvido, dois corpos foram encontrado.

Dois humanos morreram e os vampiros também, imaginou Nicolau, retornando para seu quarto de Hotel, teve uma surpresa quando encontrou um dos seus subordinados a sua espera no corredor que dava ao seu quarto, ao vê-lo o indivíduo se ajoelhou com o punho fechado e de cabeça baixa falou:

— Meu senhor... Venho informar que encontrei a pessoa que buscava, Durval foi morto durante este processo, é não sei quem foi o culpado. — Falou com uma voz baixa, sem se preocupar se alguém o visse ajoelhado.

— Isso é muito bom... Onde ela está?— Perguntou Nicolau com um sorriso nos lábios. — Pelo menos uma notícia boa, a morte de Durval foi consequência de suas tolices, ele sempre se achou demais, sua morte não faria falta em seus planos, foi o que Nicolau pensou.

O homem ainda permanecia de joelho, sem encarar Nicolau nos olhos, o assunto era importante demais para tratarem no corredor do Hotel, a noite estava começando é por tanto logo os hospedes iriam sair de seus aposentos é desceriam para o bar, salão ou apenas passear, encontrá-los ali seria incomodo.

— Venha... Entre e me conte tudo, quero saber melhor sobre isso, aqui não é o melhor lugar. — Abriu a porta de seu quarto entrando, sendo seguido pelo homem que fechou a porta.

Sem se virar foi até uma pequena mesa de centro, com várias garrafas de bebida e colocou um pouco de conhaque em um copo e se sentou na poltrona enquanto o homem permanecia em pé.

— Agora me conte tudo, sem enrolação, estou com mau humor hoje. — Disse tomando um gole de sua bebida.

O homem parecia inquieto, nervoso talvez, deveria conhecer o temperamento de Nicolau para entender o quão tênue era a linha que separava a fúria da benevolência.

— Estávamos em busca da pessoa que o senhor falou, aquela dos boatos que estavam sendo dito entre os vampiros, separamos em pequenos grupos, eu e Durval ficamos com uma parte da Grã Bretanha, neste processo em uma noite Durval não voltou, então soube que havia sido morto... Um dia depois consegui marcar um encontro com a Taróloga, apesar de que o que ela realmente fazia era mesmo vidência, ela confirmou a morte de Durval, neste instante soube que era ela. — Pausou seu relato, evitando olhar nos olhos de Nicolau.

— Continue... — Nicolau parecia distante enquanto tomava mais um gole de sua bebida.

— Perguntei se ela sabia quem o havia matado, mas ela desconversou é disse que não sabia, provavelmente estava mentindo, a segui então a dopei, como instruiu se a encontrasse e a levei para a casa que ordenara, ela esta apagada é ficará assim até de manhã.

— Muito bom... Retorne para a casa é a vigie, você tem meu contato qualquer coisa me avise, não seja um idiota como Durval, ou eu mesmo acabarei com você. — A voz de Nicolau era baixa mais intensa capaz de arrepiar os fios de cabelo do homem.

— Sim senhor! —Saiu do quarto apressadamente.

— Uriel... Enquanto tenta me achar, para ter a sua vingança tola, eu estou próximo do meu objetivo, e quando consegui-lo ninguém poderá me parar. — Sorriu Nicolau.
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Mensagem por Rhiannon Hefaidd Seg 24 Ago 2015 - 20:03

Rhiannon despertou atordoada e vagarosamente, a luz ambiente incomodou seus olhos e tornou a fechá-los, virou se de lado e percebeu que estava deitada sobre algo macio, a sensação era reconfortante, isso a assustou, sentou bruscamente se surpreendendo ao notar que se encontrava em uma enorme cama de casal forrada com lençóis de seda brancos, olhou em volta, estava em uma ampla suíte, mobiliada com peças claras e delicadas que parecia terem sido feitas a mão para alguém do século XIX, o ambiente era deslumbrante, próximo a porta em uma pequena mesa havia uma bandeja, nela continha uma jarra transparente com água e uma pequena tigela com algumas frutas, instintivamente Rhiannon levou a mão até sua barriga, estava com fome, tentou lembrar-se da noite anterior.

Recordou de ter saído da pensão após o incidente com Lucian, com o objetivo de fazer uma consulta, sentiu o pânico novamente tomar conta si ao se lembrar do beco em que fora encurralada e dopada. Amedrontada, mapeou mais uma vez o local em busca da sua mochila, a encontrou em canto do quarto, correu até a mesma e reparou que ainda calçava suas botas, ao alcançá-la, se ajoelhou sobre ela é começou revira-la, para seu alivio tudo estava lá, inclusive seu baralho, porém a chave do seu quarto na pensão havia sido levada. 

Suspirando caminhou até a porta a mesma estava trancada, pegou uma maçã que estava na bandeja próxima a ela e direcionou-se até a janela, ao abrir as longas e macias cortinas brancas deparou-se com uma grade, o que a frustrou, mas em seguida foi surpreendida novamente pela beleza do lugar, parecia estar no segundo andar de uma propriedade privada, pois ao redor da casa encontrava-se um jardim bem cuidado repleto de flores das mais variadas tonalidades que preenchiam o ambiente terminando na imensidão de um bosque. 

Apreciando a paisagem mordeu a maçã, Rhiannon começou os seus questionamentos. Por que estaria ali? Talvez fora sequestrada por engano. Por que tanto luxo, o comum não era os cativos serem amarrados, torturados, jogados em ambientes sujos, escuros e úmidos? Pelo menos era isso que ela imaginava.

Perguntou-se quem teria interesse nela, até que ponto corria perigo. Provavelmente estava entre vampiros é em pouco tempo seu organismo estaria limpo, seria vulnerável a hipnose. Isso a preocupou, pois tinha muitos segredos além dos de Lucian que não poderiam ser revelados, suspirou preocupada.

Vampiros gostavam de brincar com suas presas, ela precisaria evitar isso, pois os mesmos menosprezam a vida humana e ela apesar de alguns detalhes ocultos que a diferenciava, mas ainda era uma fraca e indefesa humana. 

Decidiu que a partir daquele momento deixaria o passado para trás, pois ele era a sua maior fraqueza, qualquer insinuação relacionada às pessoas que tanto estimava poderia ser fatal, usada contra ela, quanto mais segredos e resistência mais as possibilidades de ser hipnotizada. Abandonar os bens materiais e da vida que tinha seria fácil, fora preparada a vida toda para isso. Lamentou ao recordar que sem nenhuma porção iria sentir fortes dores e sensações diante de um vampiro e se caso fosse como Durval com certeza perderia a consciência com facilidade. Intimamente algo lhe dizia que lidaria com um ser ainda pior.


Última edição por Rhiannon Hefaidd em Qua 26 Ago 2015 - 23:20, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Noah Frisker Seg 24 Ago 2015 - 22:07

O vampiro que havia sequestrado Rhiannon saiu do quarto deixando Nicolau sozinho com seus pensamentos, ele sabia que a hora derradeira estava se aproximando, seu exercito já se mobilizava entre as sombras, assim como os Volker.

Nicolau que um dia fora chamado de Maquiavel, deixou este nome para trás a fim de se ocultar ainda mais dos olhos perseguidores de seus irmãos, a chama ainda inflamava e em seu interior apenas um desejo de dominação persistia, é para isso encontrar Caim era o elemento chave para tudo isso.

Saindo do Hotel Royal Crescent o vampiro se deslocou para a casa onde havia deixado a jovem vidente, sequer poderia chamar o lugar de casa, era na verdade uma grande mansão, de dois andares, circundada com paredes de plantas e portões de grades. Em volta apenas um belo jardim com flores de todas as cores.

Uma verdadeira casa do século XIX, não demorou para que ele chegasse, a casa era cuidada por pelo menos seis humanos hipnotizadas para que a hospede presa no segundo andar fosse algo a coisa mais comum. Subindo as escadas ele destrancou a porta é adentrou, a jovem estava acordada olhando para fora pela janela.

— Vejo que já despertou isso é muito bom, pensei que despertaria apenas pela manhã, mas parece que usei pouco tranquilizante, creio que não fui muito educado em nosso primeiro encontro nem me apresentei devidamente a você.  — Sorriu revelando seus dentes em uma forma que parecia perigoso e mortal.

Ele usava um terno, sem gravata com um paletó escuros seu cabelo loiro caia para o lado, enquanto observava a garota.

— Me chamo Noah Frisker, é logo nosso anfitrião virá para conhecê-la, ele tem muito a falar com você, mas primeiro me diga quem foi que matou Durval? Eu sei que você sabe a resposta. — Seus olhos refletiam seu brilho vermelho, apesar de sua voz tranquila.
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Mensagem por Rhiannon Hefaidd Seg 24 Ago 2015 - 22:55

Rhiannon aguardou um momento antes de voltar-se para o vampiro que acabara de entrar, sua cabeça começou a latejar de forma sutil, sinal que em breve estaria vulnerável, seu desafio para não ser hipnotizada iniciaria antes do previsto.

Em seu intimo algo dizia que não era com ele que ela deveria se preocupar. O encarou dissimulando admiração, como se seus olhos fossem dois rubis, mas sua antipatia por aquele homem não mudara. 

Ele perguntou justamente o que ela esperava, mas era um pouco tarde para isso. Lucian e Jhaeson eram espertos e experientes, caso notassem sua ausência ficariam atentos a qualquer movimento, por isso não sentiu necessidade de mentir. 

– Creio que tenha sido um lobisomem. – Disse de forma respeitosa.

Sabia que seria necessário intercalar a verdade e a mentira a tal ponto que fosse convincente até para si mesma.

— Mas não sei dizer quem foi, ou onde se encontra como sabe não sou um rastreador – Mentiu em parte. — Deduzo isso por causa da segunda carta que retirei para você, sai daquela maneira porque fiquei assustada, minha preferência é não me meter entres os de suas espécies não muito distante daquele estabelecimento eu esbarrei com um deles, sabia que sentiria o cheiro em mim, eu temi pela minha vida é ainda temo. — Disse finalizando de cabeça baixa, precisaria parecer amedrontada para disfarçar o coração que acabara de acelerar pela simples menção de se lembrar de Lucian.

Lembrava-se da promessa que havia feito, quebrara-a em parte, seu esforço não seria ocultar a existência de lobisomens na Grã Bretanha, mas sim a identidade dos mesmos. Percebeu o quanto isso seria difícil, pois por mais rápida que fosse a lembrança de Lucian era impossível não se emocionar, notara que poderia ter sido menos orgulhosa é mais teimosa em relação a ele, o obrigando a escuta-la, ao invés de entrar no jogo dele. 

Rhiannon não temia a tortura física, isso era irrelevante para ela, poderiam lhe agredir o corpo mais não a alma. Para ela a hipnose sim seria a maior das torturas, pois não teria controle sobre seu corpo e suas palavras, se tornaria uma marionete.

Se essa meia mentira não funcionasse, se ela não conseguisse proteger aqueles dois que a salvara, seria obrigada a mudar sua forma de jogar.
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Mensagem por Noah Frisker Seg 24 Ago 2015 - 23:42

A jovem não parecia abalada ou com medo, do vampiro talvez fosse comum para ela, o vampiro a viu responder suas perguntas sem hesitar ou sequer que precisasse fazer uma ameaça e hipnose,  ele observou cada gesto ou movimento da jovem, ela  disse que fora um lobisomem que matou Durval, Noah logo deduziu que  deveria ser mais de um, apenas um não conseguiria mata-lo.

Mesmo diante de um vampiro, a jovem mantinha um tom neutro em sua voz, ela explicara a reação dela na lanchonete e do porque não conseguiria dizer quem havia de fato matador seu colega ou onde ele estava, ele apenas cruzou os braços se escorando na parede.

― Um lobisomem, isso explica muita coisa, mais o cheiro que senti em você estava forte demais para um simples encontrão, tem certeza que foi apenas isso? — Ele pressionou um pouco mais.

Ele so poderia perguntar, pois Nicolau tinha um interesse especial nela, se fizesse qualquer coisa seria um vampiro morto, não importava onde ele fosse ou se escondesse ele o acharia com facilidade. Mais o cheiro dela o deixava tentado a provar de seu sangue, por isso seus olhos revelavam seu brilho escarlate.

― Você não parece assustada, sabe que foi sequestrada? Que não poderá sair... Que se tentar qualquer tolice posso matá-la tão rápido como partir um graveto ao meio? Mais mesmo assim está serena. ― Isso o intrigou.

Caminhando pelo quarto, ela parecia distraído, foi até a tigela de frutas e pegou uma pera, tão verde e fresca que parecia ter sido colhida naquele instante, seus olhos pousaram nos dela, e seus lábios morderam a fruta  arrancando um pedaço, enquanto mastigava todo seu maxilar se movia,  músculo e osso, ele apontou o dedo para ela com a fruta entre seus dedos.

― Você consegue entender na enrascada que se meteu? Não queria está em sua pele, vim apenas para me certificar que está bem, provavelmente não me verá por um tempo, mais estará bem cuidada, aqui será sua “prisão” quem dera eu que toda gaiola fosse assim, você terá duas refeições ao dia, e não sairá do quarto até que receba esta ordem. Sobre os lobos eu espero conseguir matar o lobisomem que matou Durval , ele não era um cara de muitos amigos mais era fiel aos poucos que tinha apesar de tudo... ― Falou acenando e indo para a porta.
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Mensagem por Rhiannon Hefaidd Seg 24 Ago 2015 - 23:49

Rhiannon foi surpreendida com a pergunta de Noah, porém conseguiu conter o tímido sorriso que ameaçou escapar dos seus lábios ao se lembrar do que de fato acontecera entre ela e o tal lobisomem.

― Foi um encontro forte que inclusive me machucou, mas não tanto quanto o que você me fez ter contra a parede – Respondeu ela com sinceridade. 

Noah comportava-se como qualquer outro de sua espécie, deixava em evidência o quanto era superior em relação aos humanos, mas não enxergava que o orgulho era maior fraqueza dos vampiros, o ego os tornava vulneráveis e irracionais.

Ela acompanhou o vampiro com o olhar, o ouvia com atenção e sentiu-se incomodada quando ele lhe apontou o dedo, mas preferiu fingir que o gesto lhe passara despercebido. 

― Estou ciente da minha real situação. – Disse mantendo o mesmo tom formal da conversa – Eu que não gostaria de estar em sua pele – Completou enquanto o observava se retirar. 

Achou melhor não comentar a ameaça que ele fizera sobre matar aquele que aniquilou Durval, precisava se mostrar indiferente a isso, parecia ser a melhor solução. Falar pouco era a garantia de que não cometeria nenhum erro fatal.


Última edição por Rhiannon Hefaidd em Qua 26 Ago 2015 - 23:21, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Noah Frisker Ter 25 Ago 2015 - 15:40

Noah a observava de forma cautelosa, ele percebera que havia algo de diferente nela, não era poder bruto ou fragilidade absoluta, mas um desejo de se provar talvez, mas não deixou as perguntas sem respostas mesmo que as mesmas não fossem as que ele esperava obter.

Na porta a ouviu dizendo que não queria esta na pele dele, na verdade ele mesmo não gostaria disso, mas deveria arcar com suas escolhas, olhou para ela uma ultima vez, é sorriu enquanto falava:

— Tenha uma boa noite... Espero que você valha a procura dele, se não será apenas mais uma morte em sua lista dele. —Terminou fechando a porta trancando a mesma.

Enquanto pensava nas palavras ditas Noah, desceu para a sala de estar, enquanto Nicolau não viesse, ele não poderia sair dali, seguiu para a biblioteca é pegou um dos vários livros, sentou em uma das poltronas é começou folhear, meia hora depois já estava entediado.

Seu celular vibrou no bolso, era uma mensagem  é  viu de quem era, não tinha muita coisa escrita, dizia apenas: “Estarei ai amanha a noite.” A mensagem era de Nicolau, agora era apenas uma questão de tempo, bastava esperar  a confirmação do que queria e talvez assim estivesse finalmente livre das correntes de Nicolau.
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Mensagem por Rhiannon Hefaidd Ter 25 Ago 2015 - 17:19

Rhiannon sabia que sua situação não era das melhores, que aquele luxuoso quarto apenas camuflava interesses maiores e obscuros, a forma como Noah se apegava a cada oportunidade para intimida-la comprovava que futuramente iria lidar com alguém perigoso, se não fosse isso qual seria o prazer em exaltar tanto essa pessoa?

Observou ele sair, suspirou fundo quando a porta foi trancada novamente, a dor de cabeça aumentara durante a permanecia do vampiro naquele ambiente, massageando as temporãs em movimentos circulares dirigiu-se até o banheiro e não pode conter a surpresa ao adentra-lo.

― Nossa ... – Sussurrou enquanto passava os dedos sobre a sofisticada pia de mármore.

O local e seus moveis eram claros e delicados como os do quarto, aquele lugar era maior que seu quarto na pensão.
Olhou-se no espelho e não se alegrou com o que viu, estava pálida com olhos fundos e os cabelos frisados. Depois se concentrou na enorme banheira a sua frente era tentador imaginar um banho na mesma, mas conteve-se usufruiria do básico enquanto não tivesse ciente da pessoa que a mantinha prisioneira.

No armário abaixo da pia encontravam-se produtos de higiene pessoal, sais de banho, toalhas macias como as cortinas e lençóis do quarto. Lavou o rosto e o secou, depois escovou os cabelos o que deu uma amenizada em sua terrível aparência.
  
Saindo do banheiro, caminhou até um modesto guarda-roupa e o abriu, sentiu a nostalgia tomar conta si, lembrou-se do tempo que ainda morava com seus pais, de quando iniciaria seus estudos e fora instruída no mundo em que atualmente se encontrava perdida, sem saber seu propósito. Tocou nas peças delicadas que em contato com a pele pareciam inexistentes, todas em tons claros, corte solto, elegantes. Isso aumentou a suspeita de quem quer que fosse a pessoa que a mantinha ali, sabia que estava lidado com alguém que apreciava e necessitava da ausência de ruídos visuais, pois poucas coisas naquela suíte possuíam estampas.

A estante de livros que se encontrava próxima a ela era uma pista que talvez fosse passar muito tempo naquele lugar, mas isso não frustrou Rhiannon, pois a mesma não se iludia com a liberdade, fechando as portas do guarda-roupa dirigiu se até o móvel repleto de livros antigos, sorriu ao ver que muitos deles lhe despertaram  interesse.  Sua cabeça ainda latejava, agora de forma mais agressiva um aviso para a presença de vampiros na casa e que em poucas horas nada mais a protegeria da dor. Mas isso não a abalou pegou um livro e andou até a janela, a noite estava linda, lamentou não poder caminhar naquele belo jardim, o contato com a natureza a revigorava. 

Sentou-se no chão ao lado da janela e olhou para a porta trancada que estava a sua frente, a enorme cama de casal se encontrava entre elas. Voltou sua atenção para o livro, ao tentar lê-lo notou o quando estava cansada e confusa as palavras passavam despercebidas e isso a impedia de entender o texto e quando se esforçava a dor de cabeça se acentuava.
 
Suspirando jogou a cabeça para trás, encostando na parede, fechou seu olhos, pensou em Lucian, se estava bem ou se notara sua ausência, ela poderia ter todas as respostas com o tarô, mas tinha medo delas, a tristeza finalmente ganhou seu espaço no coração de Rhiannon, com as mãos pousadas sobre o livro que estava em seu colo, ela deixou que a lágrimas se libertassem, levando com elas um pouco do peso.


Última edição por Rhiannon Hefaidd em Qua 26 Ago 2015 - 23:22, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Nicolau Miac Ter 25 Ago 2015 - 18:51

A noite já estava chegando ao fim, Noah teria apenas que bancar a babá por um tempo, e aguardar que Nicolau chegasse e lhe concedesse a liberdade. No hotel Nicolau  observava a movimentação, talvez sua estadia ali já estava  se findando, talvez era chegado  a hora de aguardar na casa, onde  a jovem estava, ele precisava comprovar quem ela era e se de fato poderia ser útil aos seus planos.

Após mandar a mensagem para Noah, Nicolau se preparou para deixar o Hotel, ele não estaria muito longe dali e seus olhos e ouvidos estariam de olho diante de qualquer movimentação, descansando durante o dia, aguardou a chegada da noite para ir ao encontro da jovem.

A noite cresceu no horizonte, assim que o sol se escondeu Nicolau fechou sua conta no Hotel, e partiu para a sua propriedade que ele havia preparado, havia alguns humanos na casa que se curvaram pra ele respeitosamente como se ele fosse um nobre.

Adentrou a casa e encontrou Noah na parte de baixo da casa que mais parecia uma mansão seus olhos se sustentaram nele com uma pressão esmagadora.

― Como esta nossa hospede? ― Perguntou assim que o viu.

― Esta bem sem nenhum arranhão, a coloquei no quarto trancado, a porta e aberta apenas para as refeições quando a governanta leva os pratos. ― Disse noah tentando soar normalmente.

Ele queria falar e pedir a Nicolau a recompensa pela garota, mas enquanto ele não tivesse certeza arriscar falar e não ser a garota certa colocaria sua vida por um fio, por isso se conteve.

― Irei vê-la agora... Prepara algo para mim estou com fome, me traga três diferentes. ― Falou Nicolau se colocando a subir as escadas.

Noah entendeu o recado, ele queria três mulheres diferentes para saciar sua sede, ele preferia as mulheres dizia que elas possuíam um frescor mais agradável que os homens, enquanto via Nicolau subir ao segundo andar saiu porta a fora para fazer o que lhe fora ordenado.

A chave estava na porta, Nicolau a girou, uma, duas vezes até o pino soar, abriu a porta silenciosamente, enquanto se colocava para dentro do quarto, Nicolau usava um terno bege claro com sapatos pretos fechou a porta e esquadrinhou o quarto a procura  da jovem.


Última edição por Maquiavel em Qua 26 Ago 2015 - 18:21, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Rhiannon Hefaidd Qua 26 Ago 2015 - 12:01

Como prometido a jovem ganhara duas refeições durante o dia, porém foram dispensadas. Rhiannon o fez educadamente preferindo manter-se com frutas, assim seria mais fácil manter o equilíbrio quando o momento definitivo chegasse, com o corpo leve não ficaria a mercê do mal estar. Sentia dores, resultado da noite mal dormida que tivera no chão, em hipótese alguma queria se auto flagelar, apenas adormecera sem se dar conta.

O dia passou sem grandes novidades, no fim da tarde a jovem sentiu-se tentada a um banho rápido e o tomou, evitando o prazer de ter se aproveitado dos benefícios ganhos caso fosse a presa errada. 

Rhiannon estava sentada em uma cadeira ao lado da estante de livros. Sabia que a hora tinha chegado quando a dor de cabeça que sentira o dia todo aumentou de forma violenta, fazendo a gemer e ter calafrios. Levantou-se e enquanto colocava o livro de volta na estante a porta se abriu.

Alguém entrou e foi como se a cabeça de Rhiannon estivesse sendo comprimida com força, manteve-se firme e com os olhos fechados, o propósito era não fraquejar, sabia que não se tratava de Noah. Virou-se devagar e apoiou uma das mãos na estante por um breve momento, ficou aliviada quando percebeu que suas pernas não cederiam apesar da tontura.

Seu olhar cruzou com o da pessoa que acabara de chegar, era um homem de porte elegante. Rhiannon viu além da maldade, o orgulho e a curiosidade eram presentes naquele ser. Diferentes das outras auras vistas por ela até o momento, a dele era opaca e negra, a jovem o associou a tão famosa criatura denominada em muitos lugares como a Morte ou a Peste.

Manteve o seu olhar no dele, apesar dos calafrios e da dor de cabeça, a tontura sumia gradativamente conforme se acostumava com a energia daquele ser. Sabia que nenhuma oração, mantra ou pensamento positivo afastaria aquele homem dela. E nem via a necessidade de tais apelos porque estranhamente sentia-se normal emocionalmente, não sabia explicar qual, mas como qualquer outra alma ele tinha um ponto fraco.


Última edição por Rhiannon Hefaidd em Qua 26 Ago 2015 - 23:23, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Nicolau Miac Qua 26 Ago 2015 - 18:20

Os olhos de Nicolau cruzaram os da jovem, ela usava uma das roupas que haviam deixado no guarda roupa, os olhos dela pareciam intrigados, talvez procurando algum traço ou evidência que revelasse tudo sobre ele, mas ele também havia se surpreendido... Mesmo não demonstrando muito isso.

Deu mais alguns passos adentro, revelando melhor sua face sobre a luz cálida do quarto, com uma mão no bolso, não tirava os olhos dela enquanto se deslocou até a cama é se sentou de frente para ela mantendo uma distância que talvez ela julgasse segura, mas que não a protegia se ele assim o quisesse, então falou:

— Impressionante... Então você é a jovem que esta na boca dos vampiros, a que consegue prever as coisas, através de cartas? É isso mesmo.  — Seu tom parecia despreocupado, mais cada palavra parecia afiada como navalha.

A noite se expandia do lado de fora, a noite estava fria, as luzes pouco a pouco foram se acendendo ao longe na propriedade, tornando a visão ainda mais bela, Nicolau ainda observava a jovem que estava próximo a estante de livros.

— Sente-se, temos muito que conversa, dentre estas coisas sobre a sua mãe, ela ainda vive escondia em algum templo antigo?— As palavras eram mais uma ordem que um pedido, e falar da mãe dela poderia surpreender a jovem que desconhecia a face dele.
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Mensagem por Rhiannon Hefaidd Qua 26 Ago 2015 - 22:00

As palavras e o tom autoritário do vampiro não intimidaram a jovem. Rhiannon sorriu não de forma debochada, mas com interesse genuíno, nem ao menos se apresentara e já queria respostas, como um pai que deseja saber onde esteve durante a noite.

Sentia-se tranquila apesar do mal estar, pegou a cadeira e sentou-se de frente para ele a uma distancia que ela pudesse tocá-lo sem esforço. Encarou-o com simpatia e com calma começou a falar.

— Boa noite, sou Rhiannon Heifadd e primeiro gostaria de agradecer as acomodações, sei que não terei minha liberdade de volta e estou ciente que poderia estar em uma situação muito pior – ainda mantendo seu olhar no dele prosseguiu de forma tranquila. — Eu tinha consciência de alguns rumores, mas por conta de alguns devaneios e do orgulho só consegui perceber o perigo quando já era tarde de mais. Os sentimentos quando não controlados são nossa ruína.


Não se surpreendeu quando sua mãe foi citada, pois a mesma sempre fora misteriosa. Novamente não tinha a necessidade de mentir, pois sua genitora era esperta, assim como uma vidente precisa, aquela altura ela já estava ciente da situação em que Rhiannon se encontrava portando preparada para os acontecimentos posteriores.

— Não saberei informar qual, mas ela ainda reside nos templos, sempre peregrinamos entre eles com o objetivo de reverenciar os deuses e auxiliar as pessoas. Curioso saber que se escondia, pois foi ela própria que me concedeu a liberdade.


Última edição por Rhiannon Hefaidd em Qua 26 Ago 2015 - 23:19, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Nicolau Miac Qua 26 Ago 2015 - 22:59

A jovem se apresentou para Nicolau, agradeceu as acomodações, de fato aquela era uma “prisão” muito confortável, nem de longe lembrava a cela que Lucinda estava, ao lembrar um sorriso torto surgiu na face dele, mas o sorriso desapareceu logo em seguida ao relembrar o estrago feito em um dos esconderijos dele.

Ela não parecia surpresa pelas notícias que corriam sobre ela, parecia até que era isso mesmo que ela queria, se sabia o quanto estes boatos poderiam ser mortais descobriu muito tarde, a face dela não se alterou a menção de sua mãe.

— Sua mãe viaja como cigana de lugar em lugar por um só motivo, ela já lhe contou qual motivo é este? Creio que não acredita ser apenas por reverencia aos deuses ou auxiliar as pessoas, acredita? Isso é o que você conta para tentar se convencer. — Disse Nicolau com um brilho de desafio.

Seu corpo quase não se movia, se não fosse seus lábios, ele poderia se passar por uma bela estátua de mármore em tamanho real, talvez uma das divindades gregas.

— Sua mãe poderia ter tido tudo sabia... Eu a conheci a um tempo, acho que ela deveria ter um pouco mais de idade do que você tem agora, talvez uns vinte quatro ou vinte cinco, tudo que pedi a ela foi apenas uma pequena coisa, apenas a ajuda é os dons dela ao meu favor,  mas ela negou, mais que isso fugiu de mim e se escondeu... feito um rato medroso que se esconde para sobreviver
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Mensagem por Rhiannon Hefaidd Qua 26 Ago 2015 - 23:25

Os olhos de Rhiannon faiscaram de raivam, mas tentou se controlar, não poderia colocar tudo a perder, mesmo aquele homem sendo desprezível, ele falava, como se conhecesse tudo e todos o que fazia dele um tolo, ela se perguntou quantas vezes ele já fora ridicularizado pelas costas.

—  Ela não viajava por ser cigana, mas sim por ser esposa de um grã-sacerdote – Respondeu de forma seca – Eu não me convenço de nada e o que creio não é do seu interesse, da mesma forma que não me importa os segredos da minha mãe.

Rhiannon sorriu ironicamente para o vampiro que até aquele momento não se apresentara, depois de cruzar as pernas lhe lançou um olhar desafiador.

— Talvez não fosse ela a pessoa capaz de lhe entregar o que tanto deseja – Provocou.
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Mensagem por Nicolau Miac Qui 27 Ago 2015 - 16:37

As respostas da Jovem já eram esperadas por Nicolau, disse que sua mãe não era cigana é que viajava por ter se casado com Grã-sacerdote, o desafio se mostrou nas palavras seguintes. O sorriso dela parecia forçado, ela cruzou as pernas tentando parecer mais confiante do que deveria está realmente se sentindo.

Sua voz era consistente mais continha uma pitada de dúvida, quando falou que talvez a mãe dela não fosse a pessoa capaz de entregar a ele o que ele desejava e de fato isso parecia está correto.

— Criança tola... Você se apega apenas ao que seus olhos podem enxergar de sua mãe, ela lhe enganou a vida toda, nem de minha existência você sabia, e sou capaz de apostar que até mesmo seu pai não sabe disso...   — Sorriu provocando a jovem.

Levantou-se da cama é caminhou pelo quarto pegando um pequeno bibelô na cabeceira da cama o segurando se voltou para a jovem.

— Sou Nicolau Miac, outrora conhecido como Maquiavel, é meu poder é imensurável comparado a poucos, minha jovem você não representa perigo algum, mas podemos entrar em um acordo, deixei que sua mãe vivesse em paz na oportunidade de que quando o momento chegasse eu teria esta ajuda quando o momento chegasse, mas como disse talvez não seja ela a entregar o que eu quero. — Sorriu brincando com o bibelô em sua mão.

Se aproximou dela, ficando poucos centímetros dela, seus olhos se acenderam em um brilho intenso, é disse:

— Se levante... Fale-me tudo que preciso saber, comece por suas habilidades.
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Royal Crescent - Página 3 Empty Re: Royal Crescent

Mensagem por Rhiannon Hefaidd Qui 27 Ago 2015 - 22:46

A determinação com a qual o vampiro se apegava a simples e errônea ideia de que a mãe de Rhiannon houvesse mentindo para ela, lhe tirou qualquer prazer de conversar com aquela criatura. O mesmo não enxergava a verdade, apenas o que queria ver. 

Desanimada deixou que continuasse a falar, sem se preocupar em debater, pelo breve instante em que sentiu raiva do vampiro deixou-se mais uma vez levar-se pelo impulso e o desafiou, agora em sua mente as únicas imagens que vinham em sua cabeça era dela sendo hipnotizada, perdera o jogo. A sua dor de cabeça aumentou conforme ele falava, o que parecia uma eternidade. Relaxando a postura e descruzando as pernas o seguiu com o olhar o vendo pegar um bibelô.

Finalmente descobrira o nome do vampiro, combinava com a sua personalidade. O observou se aproximar dela com o objeto nas mãos, junto a aquela aura sombria parecia um demônio que não poderia ser exorcizado. 

Os olhos de Nicolau a encarava e com apenas uma ordem ela era obrigada a obedecer. Rhiannon lutava contra seu corpo, segurou-se sobre a cadeira com força, mas fora inútil era como se sua mente fosse aprisionada, seus dedos cederam e ela se levantou, em seu interior lutava para não falar, seus olhos marejaram com a resistência.

- Eu posso... Ver e sentir coisas... – contorcia-se em seu interior, sua voz saia estrangulada – mover objetos...

Derrotada, Rhiannon caiu de joelhos, sentia-se exausta e sabia que seria usada até o seu esgotamento, ela planejava manter uma parede que a separaria daquele ser, mas esse objetivo se tornara um vestígio da sua ingenuidade. 

Respirou fundo, a raiva tomara conta dela, finalmente sentia-se dona de si novamente, ao se levantar lançou um olhar furioso para o vampiro, passou por ele sem dizer nada e foi até a sua mochila, pegou um delicado pêndulo e mais uma vez ficou de frente para aquela besta, com agressividade colocou sua mão sob a dele que segurava o bibelô e fixou seu olhar no objeto, os olhos de Rhiannon adquiriram uma tonalidade intensa, que se assemelhava ao roxo escuro e então como se uma força invisível apertasse o objeto, a peça se quebrou.

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