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Castelo de Arundel

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Mensagem por Uriel Ivanov Dom 5 Jul 2015 - 15:07

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CASTELO DE ARUNDEL

O Castelo de Arundel localiza-se em West Sussex, na Inglaterra. Sendo um dos mais belos castelos da Grã-Bretanha, demonstra sua imponência e elegância, sua edificação remonta ao reinado de Eduardo, o Confessor, foi completada por Robert de Montgomery, ele foi o primeiro a receber o título de Conde de Arundel.

Em 1102, o filho e sucessor do Conquistador, Henrique I, tomou posse do castelo e o doou a Guilherme de Aubigny, permanecendo até os dias de hoje na posse desta família, cujo descendente é o atual Duque de Norfolk.

Em 1139, o castelo serviu de refúgio para a Imperatriz Matilde durante a Anarquia. O seu filho, Henrique II de Inglaterra, providenciou melhoramentos substanciais ao castelo que, durante a Guerra Civil Inglesa, seria praticamente destruído. Foi posteriormente restaurado, datando a maioria das estruturas atuais do século XVIII e  XIX.

Desde o século XI, o castelo serviu como residência hereditária para várias famílias nobres, nos dias atuais não é diferente, mas um tipo de família pertence este castelo, que causa boatos e inquietude, desde que o monarca daquele lugar se mudou, poucos eram os privilegiados a vê-lo.

Muitos falavam que pessoas que ali entravam nunca mais saiam ou eram vistas, o que acontecia ficava por conta da mente dos curiosos e contadores de histórias que aumentavam os acontecimentos, mais nada era ligado ao dono do castelo.
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Mensagem por Azrael Mors Dom 12 Jul 2015 - 22:53

A noite já caia e as sombras já tomavam seu lugar por direito e lentamente cobria até o ultimo resquícios da luz do dia, a viajem fora longa em termos humanos, pois quando se é imortal praticamente nenhuma distancia é longe ou demorada o suficiente para que se possa relevar. 

Meus servos já haviam se adiantado e já adentravam a grande construção a minha frente, estava admirado com a imponência e elegância que o castelo apresentava e estava convicto que o mesmo fazia jus da fama de ser um dos mais belos castelos do país! Atrás de mim estava Sebastian que se vestia como de costume, seu terno preto liso por pouco não se camuflava com as sombras da noite que se aproximava, seus olhos como sempre cobertos pelos óculos escuros o davam certo ar misterioso mais ao mesmo tempo intelectual. O mesmo se aproximou até para ao meu lado com os olhos igualmente fixos no castelo.

- Aqui estar Senhor, sua nova propriedade! – Neste momento as luzes em seu interior se acenderam e assim demonstrando mais ainda sua beleza, grandiosa seja dia ou noite. - O Castelo de Arundel!

Meus olhos já recaiam na Grã Bretanha há algum tempo, estranhos acontecimentos e variadas mortes aconteciam por toda a região, uns chamavam mais atenção que outros como, por exemplo, as mortes próximo e nas redondezas do hotel Royal Crescent. Contudo também recebia cada vez mais relatos de meus olhos e ouvidos que os vampiros estavam se agitando por toda a parte e que até mesmo lobisomens vinham sendo vistos frequentemente.

Inevitavelmente os acontecimentos rapidamente me chamaram atenção a ponto de ir investigar pessoalmente, afinal onde há desordem o cheiro de Maquiavel estará presente assim como suas pegadas são claras nessas ocasiões. Não demorou para que as informações que recebeu  se provaram reais e exatamente como me falaram... A cidade estava à beira do caos! Consciente da situação, rapidamente ordenei para que Sebastian comprasse uma propriedade para que possamos permanecer enquanto procedemos à investigação.

Já era noite e o jantar se aproximava e como de costume os servos humanos adentravam ao salão trazendo a refeição, a longa mesa estava coberta por variados tipos de comidas, era o suficiente para que pudesse agradar a qualquer gosto, entre as bebidas podia encontrar jarras com vinho, socos e também... Sangue! Sentei-me na cabeceira, diferente de muitos antigos nobres eu particularmente gostava se ver a felicidades de meus servos diante a saciedade de sua fome, e rapidamente o jantar se iniciava.

Estava presente a alguns dias naquele castelo apenas observando, os fatos estranhos que ocorriam enquanto esperava as noticias que Sebastian iria me trazer.


Última edição por Azrael Mors em Seg 13 Jul 2015 - 20:35, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Uriel Ivanov Dom 12 Jul 2015 - 23:06

A noite ainda estava longe de seu fim, após seguir para o hotel, onde Lucinda e Belle se aprontaram os três partiram, As duas não sabiam onde iam apenas seguiam Uriel que caminhava por caminhos comuns, até que luzes a frente revelaram um castelo, continuando a frente, não hesitou em se aproximar, pessoas comum que o olhasse o invejaria por esta acompanhado de tanta beleza, mas ele parecia indiferente a isso.

Os passos eram tranquilos, o vento em seus cabelos o movia lentamente, o aroma da noite sempre fora tranquilizador, mas talvez aquele mesmo vento seria um prelúdio de acontecimentos sombrios e mortais, a cidade estava quase deserta, já era tarde da noite e poucos se atreviam a perambular pela cidade, o castelo ficava em uma área um pouco afastada, com sua área verde e imponência nobre.

Ao se aproximarem do grande portão, notaram que não havia guardas  ou qualquer segurança, mas afinal não era preciso, parando diante a porta apenas a alguns metros Uriel Falou:

— Saia das sombras... Eu sei que está ai. — Disse Uriel sem qualquer preocupação.

— Como sempre afiado não é mesmo Ivanov? — Falou uma voz saindo de trás das sombras da imensa porta não parecendo surpreso ou com medo.

Quem surgirá era um homem de aproximadamente uns trinta anos, possuía uma forma elegante é séria com seu terno preto liso, também usava óculos escuros, seu cabelo eram curtos e um pouco arrepiado, bastante moderno para a idade que tinha, Uriel sorriu ao vê-lo.

— Sabe como é não posso me descuidar, vim aqui para falar com seu senhor. — Falou Uriel para o homem em um tom sarcástico.

—  Não sei se ele está disponível a falar com você neste momento. — Falou o homem de forma direta e sem rodeio.

—  Mais tenho certeza de que ele vai gostar do que tenho a falar com ele... Afinal temos “negócios” em comum a tratar, garanto que ele vai arrumar um tempinho em sua agenda apertada. — A voz não parecia mais tão amistosa ou brincalhona.

— Está certo então, irei levá-lo até ele, mas apenas você. Aviso-lhe que estará por sua conta em risco das consequências. — A voz era desprovida de qualquer emoção ou preocupação.

— Era exatamente isso mesmo que queria, sabe como gosto de apostas altas, então os riscos também precisam está à altura. Sobre minhas acompanhantes, creio que não teria problema se aguardarem do lado de dentro não é mesmo? Ou você deixaria duas damas ao relento? — Sorriu Uriel.

—  Pois muito bem... Venham! — Falou o homem empurrando a porta de madeira e adentrando.

Uriel o seguiu, enquanto as garotas vinham logo atrás  em silencio, muitas perguntas deveriam passar na mente delas, mas apenas após uma conversa direta Uriel poderia dar-lhes algumas respostas.
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Mensagem por Lucinda Price Qui 16 Jul 2015 - 16:48

Depois de um banho e roupas limpas, Lucinda parecia revigorada. As dores já não mais a incomodavam e ela recuperara suas forças. Em poucas horas haviam deixado o hotel, onde Anabelle se instalara, para trás e rumaram juntos para Inglaterra. Uriel mantinha-se enigmático como sempre, de poucas palavras durante a "viagem", o que não era muito diferente das duas jovens que lhe acompanhavam. Não sabia o que ele faria a seguir, mas podia sentir o cheiro de grandes mudanças no ar assim como as consequências que elas trariam. Observara cada movimentos de ambos enquanto caminhavam por ruas e travessas até seu destino, a frágil vampira ruiva parecia não saber com o que estava se envolvendo e isso fez com que Lucinda lamentasse por ela. "Pobre criança, trilhar os passos de Uriel é um jogo arriscado, é uma pena que tenha escolhido isso."

Não demorara muito para que chegassem ao local desejado por Uriel e na penumbra da noite um castelo majestoso se arquitetou, "Arundel?" - ela se surpreendera com o lugar. Arundel era a muito conhecido por ela, mas o fato de estarem ali a intrigara. Logo na entrada do grande portão, sentiu uma aura irradiar do interior da construção, mas não era uma aura qualquer. Lucinda tendia a ser sensível quanto a isso e o peso daquela aura recaiu sobre ela.

Nunca sentira nada parecido em toda sua existência e um arrepiou percorreu lhe a nuca, além da esmagadora força sentiu, também, outras dispersas pelo patrimônio, "Não diga que é uma convenção..." Adentraram silenciosamente o terreno, passando pelo extenso jardim deserto, sentia a aura pesar-lhe cada vez mais conforme se aproximavam. Em sua cabeça, Lucinda projetava diversas teorias que explicassem o que estariam fazendo ali quando Uriel por fim falou, mas não se referiu a nenhuma das duas. Uma sombra surgiu próximo a porta de entrada respondendo-lhe com hostilidade. Ela franziu o cenho levemente, nunca ouvira ninguém se referir à ele daquela forma a não ser ela e aquilo lhe divertiu. A conversa não desenrolou-se amigável, mas por fim Uriel conseguira o que queria: adentrar o castelo para falar com "seu senhor", como dissera ao homem de terno: Ela ligara os pontos.

...Sobre minhas acompanhantes, creio que não teria problema se aguardarem do lado de dentro não é mesmo? Ou você deixaria duas damas ao relento? - as palavras de Uriel terminaram num sorriso.

Ela lançou um olhar duvidoso para Anabelle, ela parecia não entender muito bem sobre o que falaram, talvez estivesse começando a se arrepender de tê-lo seguido, mas agora era tarde demais para voltar atrás. Lucinda estava a tempo demais nisso, aprendera a como lidar com coisas do tipo, mas não sabia se dessa vez sairia "viva", a vingança tão esperada de Uriel parecia estar próxima e nesse jogo o preço a se pagar era a morte.

A porta de madeira se abriu com um ranger e eles adentraram em sincronia, um grande hall se projetou na branca luz interior. Dali seus olhos acompanharam o andar do vampiro que se dirigiu para um cômodo além, deixando-as para trás no grande salão e então desapareceu atrás de outra porta. Lucinda deu uma bela olhada em volta e recolheu-se num sofá que estava a vista. Cruzou as pernas elegantemente e se reclinou no confortável encosto. Sua expressão séria denunciava-lhe que era de poucos amigos e que não estava ali para brincadeira.

Anabelle... - ela chamou - Sente-se, por favor, isso vai demorar. - a voz soou solene enquanto indicou o assento ao seu lado com um olhar frio.
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Mensagem por Anabelle Lancaster Qui 16 Jul 2015 - 19:39

  Um banho e uma troca de roupas, apenas o que fizemos no hotel onde eu me hospedara e saímos, seguindo em rumo a um lugar do qual Uriel sequer perdera seu tempo em dizer.

  Durante todo longo caminho seguimos em total silencio, apenas caminhando a passos rápidos. Minha mente se distraia da paisagem a nossa volta com a incerteza, imaginando onde estaríamos indo, e o motivo de Uriel guardar tanto segredo, até mesmo de Lucinda.

  Após certo tempo, se fez visto nosso incrível destino, o castelo de Arundel, tão majestoso quanto o hotel Royal Crescente. Eu já o havia visto algumas vezes, apenas por longe.

  Seguimos por uma estrada que levava aos grandes portões. A lua cheia iluminava nosso caminho, enquanto a brisa da noite parecia brincar com algumas mechas do meu cabelo. Ao nos aproximarmos do portão, Uriel falou em voz alta, não se referindo a nenhuma de nós. Um vampiro não se demorou em aparecer. Os dois trocaram algumas palavras. Ao que se fazia ouvir, Uriel estava ali para conversar com algum outro homem, e nós duas ficaríamos esperando por sua volta.

  “Quem seria esse tal de quem Uriel falou?” Pensava comigo mesmo enquanto adentrávamos no castelo. O majestoso e grandioso hall se fazia disponível à nós, as damas, que ficamos ali, apenas observando, enquanto Uriel caminhava para umas das salas. Lucinda o observava, preocupada, o que me parecia normal, já que os dois, por mais sérios que fossem, pareciam se preocupar um com o outro.

  - Anabelle... Sente-se, por favor, isso vai demorar. – Disse ela, já sentada em um dos sofás. Caminhei lentamente até umas das poltronas, junto à janela, e lentamente puxei a pesada cortina para o lado, a fim de ver o jardim que se alastrava longamente a minha frente. Ao longe o barulho de um trem soava pelo ar, anunciando a chegada de novos visitantes à cidade.
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Mensagem por Azrael Mors Dom 19 Jul 2015 - 20:37

Estava degustando uma taça de vinho envelhecido quando os servos começaram sua refeição, as conversas aos poucos ganhavam força e o que antes começou com um sussurro acabou a se transformar em grande encontro de amigos, não me importava com isso afinal me serviriam melhor caso se sentissem bem e eu nem precisava me esforçar, por outro lado este era um momento um tanto adequado para descobrir segredos em meio às conversas, tais que às vezes os humanos não contavam nem mesmo para seus superiores. Meu momento de descontração é apreciação logo se findou, pude sentir que alguns vampiros se aproximavam do castelo e pelo que tudo me indicava logo teria novos visitantes, por fim esperei.

Não demorou muito para que um grupo de três vampiros adentrasse minha propriedade, apesar de haver um mais distante ainda fora do castelo resolvi ignorar pelo menos por enquanto, havia algo de especial nos que adentraram! Pouco tempo depois as portas do salão se abriram e dela surgiu Sebastian, mas não estava sozinho, se encontrava na companhia de um figura conhecida. 
 
— Senhor... —  Disse Sebastian se ajoelhando com as mãos frente ao rosto, como se estivesse apoiada em seus joelhos é cabeça frente ao chão,  logo se levantou tomando sua postura. — Eu o encontrei... —  Falou virando seu rosto para Uriel. — ... Na porta do castelo acompanhado de duas vampiras, ele solicitou falar com o senhor sei que suas ordens eram... — Antes que Sebastian pudesse terminar me pus a interrompê-lo. 
 
— Você fez bem Sebastian. Mais tarde falaremos de seu progresso! — A conversa do salão cessara dando espaço ao silencio que os envolvia e se misturava com a atenção que era dada as novas figuras que surgiram logo com um sinal de mãos todos se retiraram. Algo aparentemente mais importante que o jantar dos mesmos acabara de surgir é teriam que terminar seu jantar depois. Após todos saírem restara apenas Uriel, Sebastian é eu dentro do grande salão. —  Bem então quer dizer que eram mulheres? – Disse surpreso ao tempo que mandava um sorriso malicioso para Uriel, mas logo voltando à atenção a Sebastian. — Volte para a sala onde se encontram, afinal não quero que as crianças saiam por ai bagunçando meu castelo, então fique de olho nelas, no bom sentido claro! – Sebastian sorriu é logo saiu do salão deixando-nos a sós.

— Uriel. Que surpresa encontrá-lo aqui! —  Meu tom era neutro, mas expressava um leve espanto proposital. —  Espero poder dizer que é bom vê-lo! — Por mais que pudesse soar como um ameaça o que foi a intenção, não deixei de expressar um sorriso descontraído, afinal Uriel não fez nada para merecer outra coisa se não minha simpatia ainda por servir as minhas ambições.
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Mensagem por Uriel Ivanov Dom 19 Jul 2015 - 20:55

Durante todo o caminho Uriel tentou tirar alguma informação de Sebatian, mas o vampiro era cauteloso demais é esperto para se deixar cair nestas artimanhas, mas isso não faria muita diferença, ao adentrarem no salão Uriel viu Azrael “confraternizando” com humanos, isso seria cômico se não fosse completamente sem sentido.

Ele era um dos grandes chefões do mundo dos vampiros e ainda assim se dava a este trabalho? Por que... Talvez estes fossem os pensamentos de Uriel que não deixou isso transparecer em sua face, sempre um cachorrinho treinado o guarda real se ajoelhou uma formalidade exagerada mais que demonstrava a hierarquia de poder.

Azrael elogiou seu subordinado, com um movimento apenas as pessoas esvaziaram o salão, Uriel permaneceu em quieto observando o desenrolar dos acontecimentos, a menção sobre as acompanhantes de Ivanov parecia diverti-lo, pediu que Sebastian voltasse para o salão e ficasse de olho nelas para que não fizesse bagunça, um sorriso se desenhou nos lábios de Uriel, como se imagens de Lucinda acabando com Sebatian, mas talvez isso não seria possível, pelo menos em uma luta, mas em palavras com certeza ela não perderia.

Assim que as portas se fecharam deixando os dois sozinhos, o ar de surpresa do Volker parecia muito fingido, assim como  a parte de vê-lo, ele sentiu uma ameaça velada, mas isso não o intimidou pelo contrário o deixou ainda mais inflamado, afinal se ele pudesse e quisesse fazer isso já teria o feito se não o tinha, esperava conseguir alguma coisa com isso.

Sorrindo Uriel se sentou em  umas das cadeiras de madeira bem trabalhada e almofada, e colocou os pés sobre a mesa de jantar cruzando as pernas, seu olhar se direcionou a Azrael.

— Você não parece estar surpreso em me encontrar, não finja espanto, não precisa dizer que é bom me ver porque digo que não tenho nenhum prazer em encontrá-lo, mais como temos negócios em comum, acho que preciso fazer algumas coisas a contra gosto. — Falou tranquilamente para o homem que parecia neutro até o momento.

— Antes de tudo, minha presença não é apenas uma visita formal, quero que conceda estadia para minhas acompanhantes é a mim aqui em seu “castelo”, já que é tão grande... Por falar nisso, onde está sua adorável esposa? — Uriel parecia andar em corda bamba como sempre era os encontros com Azrael.

Levou  a mão a uma das jarras sobre a mesa é se serviu de um pouco de vinho, um liquido rubro e consistente, levou aos lábios saboreando a bebida apesar de preferir Wisky, depositou o copo no mesa e falou seriamente.

— Minha visita não é uma cortesia, nem mesmo sua presença aqui, você deve ter recebido minhas informações dos últimos acontecimentos, Maquiavel está na Inglaterra mais precisamente próximo as redondezas da Grã Bretanha, ele capturou uma das minhas acompanhantes, ele começou a agir, e temo que pode estar perto de conseguir o que almeja, o quanto está disposto a fazer alguma coisa para impedir isso? —  Sustentou o olhar  nos dele.
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Mensagem por Lucinda Price Qui 23 Jul 2015 - 21:42

A lua iluminou parte do hall quando Anabelle afastou as cortinas, ela parecia encantada demais com o jardim para se preocupar com o encontro nada casual que se desenrolava na sala ao lado. A pesada porta de madeira se abriu e dela a figura do vampiro que os recebera antes adentrou a passos lentos, retornando ao seu posto ao lado da porta de saída. Lucinda o observava com cautela, não deixando passar nenhum movimento por mais simples que fosse, o que estava sendo debatido na outra sala lhe preocupava o suficiente para se manter em constante alerta, era consciente de que se algo desse errado não sairiam dali naquela noite. O vampiro as observava pelo canto dos olhos, como se temesse que algo saíssedo controle, seu olhar alternava entre as duas com certa frequência, talvez tentando adivinhar se sabiam o porquê de estarem em Arundel.

Presumo que nesse teatro você deve ser o escravo. - A voz de Lucinda ecoou com um peso de ironia quebrando o silêncio entre os três e seu olhar recaiu sobre ele com audácia — Ou seria "mordomo"? Já não me lembro como chamam ultimamente... - suas palavras morreram numa dúvida provocante e proposital. Levantou-se vagarosamente e se pôs a andar pelo salão, remexendo os enfeites com uma falsa curiosidade. — À qual deles você serve com tanta devoção? - sua pergunta fora direta — Ou devo dizer: qual deles está aqui? - agora estava realmente curiosa, seus olhos vasculhavam cada centímetro do lugar, em sua mente ela se preparava para o pior.

Largou um enfeite antigo sobre uma das mesas e parou atrás do sofá onde Anabelle continuava sentada, colocou as mãos sobre o encosto e apoiou o peso sobre uma das pernas, o quadril levemente inclinado. O semblante mal encarado do vampiro não a intimidava e ela fazia questão de que ele soubesse disso e o encarava com firmeza, se nem Nicolau a fez falar quem dirá um cão de guarda como aquele. Não importava quantos séculos ele vivera ou quão mais forte poderia ser, nada tiraria dela.

Respirou fundo, seus pensamentos agora se voltaram para Uriel, esperava que tivesse uma chance a sós com ele para que pudessem conversar a respeito do que faziam ali, embora imaginasse os porquês. Em seu íntimo ela temia no que a obsessão de Uriel poderia resultar-lhes como consequência, se arriscar por ele era a única opção, ao menos, para ela.
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Mensagem por Anabelle Lancaster Sáb 25 Jul 2015 - 23:21

Meu olhar ainda se mantinha na movimentação do jardim, onde alguns caminhavam vez ou outra. Mas minha mente perdia-se em imaginação, ora na conversa dos dois dentro da sala, ora em nosso futuro. O vampiro que deixara Uriel na outra sala voltava, caminhando vagarosamente, parando ao lado da porta pela qual havíamos entrado. Ainda segurando a cortina, voltei meu olhar para Lucinda, que o observava, cautelosa.

—  Presumo que nesse teatro você deve ser o escravo. Ou seria “mordomo”? Já não sei como chamam ultimamente... —  Disse ela ironicamente, voltada para o vampiro.

Um sorriso se formou em meus lábios. Lucinda era ótima com ironias, eu tinha provado isso na pele. Larguei a cortina e virei levemente o corpo para melhor assistir a cena. “Vale a pena um momento de distração” pensei, enquanto abria um enorme sorriso, apoiando os braços sob o braço da poltrona.
Lucinda se levantou e começou a mexer nas coisas que havia no lugar. Perguntou ao vampiro algo sobre a quem ele servia, e quem estava ali. Não entendi muito bem, mas imaginei que ela falava dos antigos, conhecidos por Volker.

Calmamente ela caminhou até onde eu estava, se apoiando na poltrona, e se perdendo em pensamentos. Levei minhas mãos até umas mechas do seu cabelo que havia caído para frente, brincando com os mesmos. Inclinei meu corpo para o lado, a fim de olhar para o nosso “segurança”.

Vocês não tem nada para que possam servir as convidadas? – Levantei, seguindo para uma mesa, com algumas poucas bebidas, não muito longe de onde o “segurança” se encontrava.

 Tomei uma garrafa de whisky nas mãos, derramando seu liquido em um copo. Assentei a garrafa de volta ao lugar, virando para olhar ao vampiro, que me olhava pelo canto do olho. Dei-lhe um sorriso simpático e uma piscadela.

Servida de uma dose Lucinda?
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Mensagem por Azrael Mors Ter 28 Jul 2015 - 16:03

Uriel sentou-se em uma das cadeiras de madeira almofadadas, logo foi um tanto direto é prontamente jogou as cartas na mesa revelando seu desgosto ao nosso encontro. Bem apesar de não ter nada contra o vampiro ele sempre demostrava sua personalidade difícil de lidar o que me despertava vários desejos.

Antes que o pudesse responder ele já se completava, falara que nosso encontro não era uma visita formal, o que mostrava que ele não perdera o costume de falar o óbvio afinal não esperaria uma visita formal de alguém como ele, logo demonstrou sua primeira intenção que se fez como um pedido para que hospedasse no castelo, tanto ele quanto suas acompanhantes, era um grande pedido para alguém que teve sua ultima estadia em uma cela, todavia sua palavra não terminara é talvez por sua personalidade ele tivesse o desprazer de citar sobre minha mulher em um tom um tanto quanto irônico, e isso foi o suficiente para despertar minha raiva! Ele sempre andara em uma corda bamba entre dois lados que poderiam decidir seu destino, poderia se tornar um grande aliado ou apenas mais uma vitima.  Apesar de tudo esperei para que Uriel terminasse o que tinha que falar.


Uriel mostrou-se informado quanto ao propósito de minha presença nesse país, é logo repetiu as informações que recebi junto a alguns detalhes novos, era certo de que Maquiavel estava perto, contudo não somente eu, mas o bastardo estava próximo de conseguir o que almejava e por fim uma pergunta... O que eu estava disposto a fazer para impedir Maquiavel? Logo levantei ficando de costas para Uriel que esperava uma resposta com olhar sustentando em minhas costas, um, dois, três segundos depois me movi em uma velocidade praticamente imperceptível mesmo para os acurados olhos de um vampiro, em seguida agarrei o pescoço de Uriel o direcionei a parede a minha frente, o erguendo sutilmente do chão falei:


― Uriel... Sabe que esta em uma linha muito fina é cabe a você decidir entre se tornar a caça ou o caçador, desejo verdadeiramente que faça a escolha certa!― Uriel sabia do que eu estava falando, o tempo é a experiência me ensinaram a criar laços, mas não se importaria em mostrar seu outro lado para o vampiro a sua frente caso sua escolha não fosse à correta. – Tome muito cuidado com suas escolhas é ações do contrario não terei problema algum de fazer com você o que Cloe tanto me pediu! ― Apesar da raiva que emergia de mim minha voz não demonstrara agressividade, logo soltei Uriel e continuei. ― Sobre a hospedagem... Você eu já conheço é devido aos negócios que mantemos não poderia negar isso a você, mas saiba que será observado! Quanto as suas amigas, prefiro conhece-las antes de convida-las a minha casa. Me entendeu Uriel? Acho que terminamos nossa conversa, por enquanto... Logo nos falaremos novamente de forma mais apropriada!
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Mensagem por Uriel Ivanov Ter 28 Jul 2015 - 16:39

Azrael o encarou por alguns segundos, se virou de costas é esperou, talvez ponderando as palavras do convidado, se virou com um movimento sutil e rápido, que poderia ter passado despercebido a todos, até mesmo Uriel teve dificuldade de acompanhar, mas acompanhar e reagir eram coisas completamente diferentes, se viu preso pelo pescoço enquanto a cadeira onde sentava cai com um baque, enquanto era pressionado contra a parede.

Uriel segurou a mão do vampiro, seu aperto era como ferro nem mesmo a força do vampiro era capaz de liberta-lo, se Azrael assim não quisesse, isso apenas demonstrava que por mais desejo de vingança que tinha ainda lhe faltava força, é para ter a força necessária precisaria de Azrael, que dos três irmãos era o mais suscetível deles, mais não menos forte.

Sorrindo Uriel viu as palavras do Volker, mesmo sobre o aperto disse:

― Estou sempre na corda bamba é por um fio Azrael, pensei que soubesse disso, eu posso morrer por suas mãos mais nunca serei a caça, minha escolha é, e foi apenas uma e você a conhece perfeitamente. ― Voltou a pedir que tivesse cuidado com as escolhas e ações ou ele faria o que a mulher dele pedirá.

― Pensei que você fosse o homem da relação, sei bem o que ela pensa de mim é não me importo em um pouco, mas vim aqui por um motivo, você pode acabar comigo e ficar esperando Maquiavel conseguir o que quer, enquanto você o procura e seus irmãos esperam. — Azrael olhou nos olhos de Uriel, talvez um brilho passou por eles antes dele o solta-lo.

Aceitando hospeda-lo, mas deixando em uma possível recusa de suas acompanhantes, disse que precisaria conhecê-las é que ele estaria sendo observado, o tom não era uma conversa mais uma ordem, aquilo para Uriel nada importava, aquela conversa ainda não havia terminado.

― Não tenho tempo para esperar ou falarmos outra hora, você não entende a gravidade do que esta acontecendo? Sabe por que não conseguiu pistas de Maquiavel? Porque ele mudou seu nome, para poder agir com mais facilidade. ― Disse esfregando o pescoço assim que fora solto.
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Mensagem por Sebastian Cristovy Ter 28 Jul 2015 - 20:53

Enquanto isso no Hall as garotas se acomodavam como era possível, Sebastian retornou, ao salão após deixar Uriel nos aposentos do senhor Azrael, encostou na porta que levava a saída e ali ficou de braços cruzados enquanto avaliava as duas convidadas. As palavras afiadas da vampira de cabelos negros, teriam sido o suficiente para tirar qualquer um do sério, mas Sebastian não era um homem precipitado, os anos de imortalidade o havia ensinado bem.

― Vampira... Meça suas palavras, você vem à casa de meu senhor é se acha no direito de falar o que bem entende? Sou Sebastian um dos guardas reais, e quem eu sirvo não lhe diz respeito se for necessário você saber quem é descobrirá no momento certo, nem no seu, nem no meu mais no tempo dele. ― Disse firmando o olhar nela enquanto ela caminha pelo salão.

Vampira de cabelos vermelhos se aproximou a colocou as mãos no encosto e apoiou seu peso sobre uma das penas, seus olhos encararam os do vampiro que permanecia em sua postura, a ruiva sorriu talvez das palavras de Lucinda ou de Sebastian, se levantou perguntando se havia algo para servir as visitas, se aproximou dele, se direcionou a uma pequena mesa que possuía algumas garrafas e pegou uma de formato oval com um liquido escuro destampou e serviu em um dos copos.

Ela sorriu para Sebastian, enquanto piscava se virou é falou com a vampira de cabelos escuros.

“―  Tinha que ser conhecidas de Uriel.”― Pensou Sebastian balançando a cabeça.
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Castelo de Arundel Empty Re: Castelo de Arundel

Mensagem por Lucinda Price Qua 29 Jul 2015 - 17:29

Vampira... Meça suas palavras, você vem à casa de meu senhor é se acha no direito de falar o que bem entende? - a voz do mordomo soara tranquila, mas Lucinda pode sentir um tom de irritação em seu discurso ensaiado - Sou Sebastian um dos guardas reais e quem eu sirvo não lhe diz respeito, se for necessário você saber quem é descobrirá no momento certo, nem no seu, nem no meu mais no tempo dele. - ele parecia ameaçá-la.

Guardas reais? Então é assim que chamam nos tempos de hoje... - pousou os dedos sobre os lábios enquanto encarava o vazio encenando uma falsa descoberta com animação ignorando as demais palavras do vampiro. Seus olhares se encontraram e ela sorriu sedutora ― Falar o que bem entendo? Bem, sim. Certamente tenho o direito, mas se lhe incomodar... Posso continuar. - saiu de trás do sofá e encostou-se numa das paredes, sua personalidade irônica era notável.

Já se passara longos minutos desde que Uriel adentrara o outro salão e até o momento não havia retornado. Exceto pela conversa no hall o castelo jazia em um silêncio mórbido, as paredes e portas pareciam ser blindadas para que o som não viajasse entre elas de modo a não poderem ouvir o desenrolar da conversa no comodo ao lado. No fundo isso irritava Lucinda, ela gostaria de saber o que realmente estava acontecendo e ser privada disso não lhe agradava em nada. Seus olhos alternavam entre a porta por onde Uriel passara e o mordomo próximo a saída. Algo em seu interior começava a se agitar e uma inquietação começou a crescer, não queria admitir a si mesma, mas estava preocupada de que ele não voltasse vivo.

Vocês não tem nada para que possam servir as convidadas? - a voz de Anabelle interrompeu seus pensamentos enquanto a mesma caminhou a passos lentos até uma mesa a poucos metros de onde estavam. Sobre ela repousavam algumas garrafas lustrosas que ela se apressou em escolher a que mais lhe chamara atenção e serviu-se dela ― Servida de uma dose Lucinda?

Um sorriso se desenhou nos lábios da vampira que aceitou o convite de bom grado, desencostou-se da parede atravessando o salão até a mesa e ao aproximar-se da ruiva tomou-lhe o copo que estava em sua mão. 

Não é dos melhores - ela provou e mordeu os lábios fitando a vampira a sua frente ― Mas deve servir por hora. - deu meia volta e retornou ao sofá. Pendeu a cabeça para trás segurando o copo de whisky com delicadeza com a ponta dos dedos. Seus pensamentos correram de Uriel para os dias que passara em confinamento em posse de Nicolau e os sonhos que tivera naquela cela invadiram lhe a mente. "Luchska..." - repetiu o nome em pensamentos enquanto a imagem daquele homem a chamando se formou em sua cabeça "Já não me lembro da última vez que alguém me chamara assim..." As lembranças se revelavam turvas em sua memória, o estranho que a chamara era com tanta urgência se transformava gradativamente em um borrão e, como se uma falha no sistema fosse automaticamente restaurada, a fenda que se abrira revelando o que não devia se fechou.
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Mensagem por Anabelle Lancaster Qua 29 Jul 2015 - 20:23

Observei enquanto Lucinda tomava meu copo em suas mãos e experimentava um gole. Torci os lábios num sorriso de canto, e me aprontei em pegar um outro copo e enche-lo enquanto ela me dizia.

- Não é dos melhores mas deve servir por hora.

Dito isso ela voltou ao sofá, onde pareceu se perder num mar de pensamentos. Com o copo na mão me dirigi ao vampiro ao lado da porta.

- Você tem um cheiro familiar – inclinei a cabeça levemente para o lado, fitando seu rosto. – Já nos vimos antes?

Ponderei alguns segundos, vasculhando em minha mente os diversos rostos que já havia visto em meus duzentos anos, mas em uma vã tentativa. Sacudi levemente a cabeça, afastando as ideias.

Pus-me a andar pelo hall, observando alguns quadros nas paredes, alguns enfeites espalhados aqui e ali. Quando voltei meus passos e atenção para o corredor onde estava a passagem que Uriel usará para sumir atrás do “patrão” de Sebastian. Parei a alguns metros, fingindo observar um quadro na parede. Embora usasse todos meus sentidos para tentar escutar algo através da porta, não consegui ouvir um ruído sequer. Terminei minha bebida num só gole, voltando para a mesa a fim de me servir de mais.

Com o copo cheio em mãos, segui para a poltrona onde estava e me sentei no braço do sofá, cruzando as pernas e inclinando o corpo levemente para a frente, me equilibrando melhor, deixando assim que a blusa cavada deixasse a mostra meu colo.

- Diga-me, Sebastian, gostaria de uma dose? – Perguntei à ele, tomando um longo gole do copo.
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Mensagem por Azrael Mors Qui 30 Jul 2015 - 1:11

Mesmo sob a pressão que eu exercia em seu pescoço Uriel conseguiu desferir algumas palavras, tais palavras me deixaram pensativo e também me levaram a perceber que mesmo com suas fraquezas e defeitos Uriel tinha características admiráveis. Sim, eu certamente sabia de sua escolha e também seus motivos... Antes mesmo de tê-lo conhecido eu já tinha conhecimento disso, pois de certa forma eu me via em seus olhos.

Todavia o vampiro não teve o tempo nem a experiência para ajuda-lo é guia-lo em suas ambições e somente elas poderiam ensinar a Uriel, e somente depois disso que eu poderia saber qual o destino que o vampiro carregará.

Uriel falara a verdade e por mais que eu não quisesse aceitar precisávamos um do outro, e por mais que eu minha intenção foi acorda-lo e não mata-lo, sabia que mesmo que quisesse não seria algo prudente a se fazer... Eu certamente tinha consciência disso, há anos não saímos do lugar, e agora que estamos tão perto não desperdiçaria esta oportunidade. Por fim já solto Uriel explicava que o motivo de não termos encontrado o bastardo por todo este tempo, e se sua intenção era conseguir minha atenção ele havia conseguido.

― Uriel... Você tem boas virtudes que faz questão de esconder abaixo de sua camada de defeitos e de uma personalidade individualista e egocêntrica... ― Olhei dentro dos olhos de Uriel, e naquele momento estava sendo sincero. – Sei que somente o tempo e a experiência poderão lhe ensinar isso. – Por uns segundos minha mente voltou no passado a um ponto que nenhum humano ou vampiro poderia chegar, mas logo retornei. ― Saiba que existe mais além de sua vingança, Uriel! É por falar em vingança, sabia que esta sua vingança me intriga? Fico me perguntando... Do que se trata este seu ódio? ― Parei por um momento como se tentasse imaginar seus motivos, mas bem rapidamente voltei a falar.

― Contudo não me interessa seus motivos, pelo menos não ainda... Mas voltando ao assunto, se deseja minha atenção saiba que conseguiu! Fale-me o que sabe rapidamente, pois temos outros assuntos a resolver.  
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Mensagem por Uriel Ivanov Qui 30 Jul 2015 - 17:24

Se erguendo do chão Uriel encarou Azrael, enquanto ele falava das boas virtudes que ele  ocultava por baixo dos defeitos, assim como sua personalidade individualista é egocêntrica, ele  achou tais palavras divertidas e logo rebateu.

― Você é muito gentil Azrael, virtudes? Mais não se iluda com isso, tais características foram perdidas há muito tempo, mais não nego ser individualista, afinal se quer alguma coisa bem feita faça você mesmo, e exatamente o que estou fazendo é acredito que você esta fazendo o mesmo. — Sorriu ironicamente.

Os olhos de Azrael penetraram os de Uriel, quando ele falou, que o tempo é a experiência poderia ensiná-lo, mas o tempo já havia feito isso, ensinou a Uriel que a vingança não é algo que se apaga com o tempo ou se esquece, mais que apenas aumenta, é consome qualquer fagulha de bondade. Uriel percebeu o olhar distante do vampiro que vacilou por um segundo, mais logo voltou ao normal.

Quando falou novamente a pergunta pegou Uriel desprevenido, e mais uma vez ele queria saber sobre a vingança que ele almejava, dizendo também que não existia apenas isso, mais para Uriel o que quer que exista não importava, saber que a vingança o intrigava poderia lhe causar problemas, mas não naquele momento,  saber sobre o ódio que o alimentava era impossível descrever.

― Não precisa me dizer isso, que a vingança não resolve nada, que isso é tolice, mas para mim é o que me resta, você não precisa entender, nem sequer aceitar apenas tolerar, pelo momento certo, assim que iremos nos dar bem, meu ódio se trata de acerto de contas, e isso é o bastante.

Voltando para a mesa Uriel sentou-se enquanto Azrael parecia ter percebido a gravidade da situação, ele precisava falar algumas coisas, mas o quanto poderia revelar sem atrapalhar seus próprios planos?

― Você sabe as reais intenções de Maquiavel?  O que acha que ele pretende? ―  Perguntou  enquanto pegava uma uva da mesa e comia.
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Mensagem por Sebastian Cristovy Qui 30 Jul 2015 - 18:48


No Hall Lucinda tomou a bebida da vampira de cabelos vermelhos, questionando a qualidade da mesma enquanto seguia para o sofá. Por outro lado Anabelle retornou a mesa e se serviu de outra dose, olhando para Sebastian parecia flertar com ele, falando que possuía um cheiro familiar e se havia se visto, o guarda real sorriu, mas não de alegria mais de uma forma perigosa.

― Tenho certeza que não nos vimos, não esqueço um rosto e o seu é um rosto que não se esquece com facilidade.  ― Falou enquanto a vampira começa a caminhar pelo salão. Tais palavras não tinham como saber se era um elogio ou um alerta.

A jovem parecia querer conhecer mais do castelo, mas se esperava ouvir alguma coisa teria seus planos frustrados, já que a escolha do castelo foi feita por varias razões, mas as grossas paredes era uma cortesia agradável...

Virou o copo em um só gole, fazendo uma sutil careta, se dirigindo novamente a mesa preenchendo o copo novamente de bebida que não a afetaria como os humanos, caminhou para a poltrona e sentou cruzando as pernas revelando sua pele clara, seu decote se mostrou mais do que o pretendido e isso capturou a atenção de Sebastian, virando o copo para ele a vampira ruiva perguntou se ele não queria uma dose enquanto bebia um gole de seu copo.

― Vocês são bem acomodadas mesmo, Uriel parece escolher a dedo as pessoas que o seguem, respondendo sua pergunta senhorita; não quero uma dose, e sugiro que reduza o nível de álcool, não lhe afeta agora mais se continuar assim, poderá fazer uma cena que possa se arrepender.

Mudou o peso de um pé para o outro enquanto tirava do bolso de seu palito um celular, e verificava algumas coisas na tela.
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Mensagem por Lucinda Price Sáb 1 Ago 2015 - 19:09

Prestava atenção a sua volta, mas seus olhos fitavam o vazio. Um leve suspiro denunciou o seu extremo tédio por aquele lugar e perguntava-se quanto tempo a mais teria que ficar ali ouvindo os flertes assanhados de Anabelle com o cãozinho de guarda "real", que aliás, parecia estar gostando. Balançou o copo de whisky em movimentos circulares fazendo a bebida se misturar com os cubos de gelo, mas não tomou nenhum gole, esquecera-se que aquela bebida nunca fora sua preferida e lamentou não ter nenhuma garrafa de vinho a vista.

Vocês são bem acomodadas, Uriel parece escolher a dedo as pessoas que  o seguem. - a voz de Sebastian a fez voltar a si com aquela frase e uma pontada de raiva a fez comprimir os lábios.

Ah! - ela exclamou fingindo surpresa ― Uriel é uma criatura adorável, não é mesmo? - suas palavras saíram como faíscas, ergueu o copo como se brindasse ao momento e continuou ― Agradeço pela gentileza de lembrar-me deste incomodo em minha eternidade, meu querido mordomo, aprecio seu gesto solidário.

Lucinda o olhou por alguns segundos com uma das sobrancelhas arqueadas e um sorriso irônico nos lábios, baixou o braço apoiando-o no sofá e se endireitou cruzando as pernas. Seus olhos correram até a porta ao final do corredor na esperança que elas se abrissem trazendo alguma notícia, ser paciente não era seu forte em situações como aquela. Pousou o copo quase cheio sobre a mesinha ao lado de seu assento e depois cruzou os braços frente ao corpo.

Anabelle, comporte-se. - seu olhar era frio - Não vim para servir-te de babá.

Fechou os olhos evitando presenciar a cena patética de flertes entre aqueles dois, de fato o tédio lhe consumira a ponto de sugar-lhe o bom humor. Manteve-se inerte no lugar, atenta a sua volta. Passou a língua sobre os dentes, tentando se livrar do gosto horrível daquela bebida barata. Seus pensamentos tomaram profundidade, os sonhos de outrora se desfragmentaram, sumindo gradativamente de sua memória. Sabia que sonhara algo perturbador, porém não lembrara o que era e isso a intrigava. Pensar que suas lembranças estariam retornando de alguma forma fez com que uma fagulha de esperança acendesse em seu peito... Embora ansiasse pela verdade, Lucinda temia os efeitos que ela poderia lhe causar.
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Mensagem por Anabelle Lancaster Dom 2 Ago 2015 - 22:41

Aquele lugar estava entediante, e o mal humor de Lucinda não melhorava em nada. “Servir de babá, sinceramente...” revirei os olhos enquanto tomava um gole do whisky, ignorando completamente o comentário de Lucinda.

- Não se preocupe, estou mais acostumada com o álcool do que você pensa. – Levantei o copo na mão, como num brinde. – Não vai ser apenas uns copinhos que vão fazer algum efeito.

Deixei que meu corpo recaísse no assento, deitando a cabeça no encosto. Olhei pelo canto do olho para Sebastian e dei um meio sorriso, terminando o copo em minhas mãos.

Fechei meus olhos deixando que minha mente se inebriasse da escuridão, mergulhando na preocupação em minha mente. Uriel já estava demorando a sair da sala. Seja lá quem fosse que estivesse lá dentro, a conversa parecia muito seria. Lembrei-me de um momento, antes de sairmos do hotel onde fomos nos trocar. Lucinda tomava banho, Uriel estava sentado na cama, de olhos fechado. Sentei aos pés da cama, desabotoando a camisa que usava. Uriel parecia preocupado com o que viria seguir.

Abri os olhos, direcionados para a porta da sala, onde ele estava. Soltei um suspiro baixo, baixando o olhar.

- Sem querer parecer muito incomoda, mas o seu senhor teria algo diferente para bebermos? Algo como um vinho, por exemplo? – Coloquei meu copo sobre a mesa, virando o rosto para Sebastian.

Deixei que a pergunta caísse no silencio que rodeava a sala, brincando com uma mecha do meu cabelo que se caia longo sobre meu colo.
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Mensagem por Azrael Mors Sex 7 Ago 2015 - 17:23

Ouvindo as palavras rebatidas do vampiro me fez ter certeza de que não adiantaria falar nem alimentar tal discussão, eu já não poderia fazer mais nada pelo menos não por agora... O mesmo estava convicto que o que o tempo teria que lhe ensinar já o havia feito.

Eu até certo ponto concordava com seus pensamentos, a vingança não se apagaria com o tempo principalmente para nos vampiros, contudo minha intenção nunca foi fazê-lo desistir de sua ambição mais sim abrir seus olhos para o que faria após ter êxito em sua busca. Uriel não tinha amigos é ninguém para amar o mesmo fazia questão de não ter, e no caso do destino o ajudar a ter sucesso em sua vingança o que ele teria depois? Simplesmente nada, não teria mais objetivo, não teria ninguém para ficar com ele, nenhum amigo para poder confiar...

Simplesmente nada! Um corpo vazio destinado a viver pela eternidade, isso poderia despertar sentimentos perigosos e bem dolorosos, no fundo esperava que o vampiro pudesse aprender antes que fosse tarde demais, caso contrario aprenderia da pior maneira.

Após sua fala continuou a falar, contudo errou ao abordar meu questionamento de seus objetivos com uma resposta um tanto “direta”, coisa que não me agradou, mas esperei o mesmo terminar o que tinha que falar, todavia logo terminou com questionamentos bem interessantes.


― Primeiramente caro Uriel, você fala com se decidisse o que eu preciso ou não saber, fala com se tivesse alguma opção... ― Meu tom ficou mais serio é até um pouco agressiva, não estava mais com meu leve sorriso, agora esperava ser bem claro para que não houvesse duvidas sobre isso nem agora nem nunca mais. ― Entenda, eu decido se preciso ou não saber seus motivos, eu decido se irei tolerar ou não alguma coisa vinda de você! Também escolho quando saberei de qualquer informação que eu ache necessário é tenha certeza que ainda não tenho conhecimento de seus motivos, pois ainda não me despertou tal interesse, ainda não estou disposto a perder tempo com coisas pequenas como você! Na verdade neste momento com você sentando a minha frente, eu decido se ira completar sua vingança ou não, então Uriel não fale como se tivesse escolha ou controle de alguma coisa em referencia a mim! ― Algumas luzes piscavam de acordo com que meu tom de voz subia, mas rapidamente voltaram ao normal assim que voltei a sentar e novamente optar por um tom mais calmo. ―  Espero que tenha entendido.

Rapidamente meus pensamentos voltaram para a pergunta de Uriel sobre os planos de Maquiavel, é de certa forma não sabia nada que já não soubesse a alguns séculos é de resto só me restavam especulações.

― Bem... Os planos de Maquiavel sempre foram de conhecimentos de muitos, contudo imagino que o mesmo planeje algo que de alguma forma afetasse a mim e a meus irmãos, afinal ele não poderia agir em paz enquanto estivéssemos atrás dele. Caso saiba de algum detalhe novo compartilhe o que sabe! ― Eu esperava profundamente que ele compartilhasse exatamente tudo o que sabia.
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Mensagem por Uriel Ivanov Sex 7 Ago 2015 - 23:12

Uriel sabia que estava pisando em ovos uma camada muito fina que poderia fazê-lo sucumbir antes do previsto, ele ouviu as palavras de Azrael com um sorriso nos lábios mais com os olhos atentos, a primeira parte de fato era verdade era ele que escolhia o que poderia ou precisava  que um Volker soubesse, mas não diria isso a ele.

As opções de Uriel não eram muitas, mas como bom jogador precisava saber blefar com o que tinha, o tom de voz de Azrael se tornou mais afiada, seu semblante tranquilo já não parecia tão despreocupado assim, mesmo com seu sorriso  a sua face demonstrava desprazer.

Não era estranho para Uriel as palavras do vampiro, os Volker eram antigos, poderosos é imparáveis se assim eles quisessem o único capaz de fazer alguma coisa, era alguém do mesmo nível, um Volker ou um “renegado” ou ainda mais terrível o seu criador, a voz revelava que ele estava no comando, pelo menos era o que ele acreditava e Uriel não diria o contrário.

Dizia ele não estar interessado em saber do passado de Uriel, mas não era o que demonstrava a pouco tempo atrás, de fato a presença de Uriel poderia ser pequena mais não insignificante, as palavras de que que Azrael estava no controle é que ele decidiria se a vingança dele seria realizada ou não dependeria dele apenas, que não houvesse escolha ou qualquer  controle, sentado Uriel ergueu os braços como se estivesse se rendendo.

Decidiu encerrar a discussão quando viu as luzes começarem a piscar, Uriel havia visto pequenos momentos assim e não gostava do resultado final, se endireitando e se colocando a sentar encarou Uriel enquanto deu por encerrado o que quer que tivesse sido aquilo, ajeitando o paletó  Azrael continuou, mas desta vez mais contigo.

As palavras seguintes demonstravam que as cartas que Uriel possuía eram valiosas, eles desconheciam completamente os objetivos de seu “irmão bastardo”, acabar com eles fazia parte da meta deles, mas isso era secundário, Uriel sabia o real objetivo tão perto de seu desejo não poderia deixar as coisas no escuro ao ponto de eles atrapalharem o que estava planejando, cada peça, cada peão, era unicamente para dar o xeque-mate.

― O que Maquiavel planeja é bem mais que acabar com você e seus irmãos, ele planeja ser o mais poderoso, para isso existe apenas uma forma, uma lenda antiga que foi desenterrada  juntamente com a origem de Caim, ele está a procura do lugar de descanso de seu criador, para mata-lo e reivindicar o poder dele. ― Disse Uriel enquanto o sorriso sumia de seu rosto e seus olhos brilharam.

Algum tempo já havia passado desde que estavam ali e Uriel, sabia que Lucinda não era tão paciente, é Sebastian por sua vez fiel ao seu senhor poderia se achar no direito de corrigir algum mal-entendido o que tornaria as coisas apenas mais complicado.

― Acho que isso revela o quanto ele é ambicioso, mas creio que podemos esperar um pouco mais para falarmos disso, me disse que queria conhece-las antes de aceitar em sua casa, acredito que seja uma boa hora, esta tarde  o dia logo vai amanhecer, e acredito que a viagem foi longa. ― Disse se levantando da mesa.

― Direi tudo que souber para podermos conseguir o que queremos, assim todos saem ganhando,  não se preocupe que entendi o recado. — Sorriu sem emoção alguma. ― Que tal  irmos ao hall, sinto que  pode está acontecendo ou acontecerá algo se nos demorarmos, minhas convidadas são um pouco impacientes... Mesmo com a imortalidade.
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Mensagem por Azrael Mors Sáb 8 Ago 2015 - 20:27

Por mais resistente que Uriel estivesse sendo ele finalmente teve consciência da situação ou pelo menos foi o que pareceu, sua expressão tanto como suas atitudes mudaram de acordo com que dizia minhas palavras. Por fim após o termino já mais calmo pude ouvir novamente Uriel que então revelou o que sabia sobre os planos do renegado e poderia assumir que ele fora ou planejava ir bem mais longe do que eu imaginava. Se isso que Maquiavel planejava fazer... É uma historia muito antiga que acabou por se tornar uma lenda.

― Chamamos isso de “A Grande Herança”. Só há apenas uma forma de o bastardo conseguir o que quer... Uriel é importante que saiba de tudo já que está envolvido, para lhe explicar tudo terei que começar lhe contando uma antiga historia que hoje não passa de uma lenda entre os vampiros e mortais que conhecem a nossa realidade. ― Tomei um gole do vinho a minha frente e olhando o liquido vermelho logo comecei. 
– Há muito tempo quando Caim meu “pai” foi sucumbido pela inveja, ainda jovem e inexperiente guiado pela escuridão, atraiu seu irmão é o matou! Até ai todos conhecem... Contudo ao morrer o sangue de Abel se escorreu para a terra e sua alma apesar de pura estava marcada pelo desejo de vingança... Deus vendo o ocorrido não gostou do que aconteceu e o amaldiçoou como castigo usando o desejo de Abel como a marca da maldição... Não entrarei em detalhes sobre a maldição, o importante é que para conseguir o poder de Caim é necessário um ritual!— Parei de falar assim que olhei no fundo dos olhos de Uriel, minha expressão era levemente preocupada, peguei um livro que estava perto de meu assento sua aparência era de algo arcaico e muito antigo nem mesmo era um papel comumente usado, o abri em uma pagina marcada e o entreguei para o vampiro.

“Para o fardo da maldição carregar.

A ultima gota do sangue amaldiçoado terá que tomar.

A escuridão será presente recobrindo como um véu.

Fará parte de um todo como faz parte do céu.

Para a marca novamente brilhar é o  ritual se findar.

Uma alma marcada pela vingança terá que ceifar.”

– Este não é um livro que mostramos para qualquer um, pouquíssimos vampiros além de você puderam vê-lo...  Creio que esteja claro Uriel...  Para conseguir o que quer ele quer, precisará tomar todo o sangue de Caim logo terá que ceifar uma alma marcada pela vingança!

Após as revelações estava disposto a ouvir o que o vampiro tinha a dizer, mas o mesmo se preocupara com o tempo o que de fato se passara muito rapidamente desde o inicio daquela conversa é de qualquer forma era melhor dar um tempo de reflexão para Uriel a respeito das novas informações que oferecida. Portanto logo concordei com a ideia de ir ao encontro de suas amigas, afinal eu estava de certa forma ansioso para conhecê-las. Conhecer que tipo de mulheres Uriel havia trazido consigo, é tentar entender mais de tudo aquilo, que ainda parecia ocultar nas entrelinhas.  
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Mensagem por Uriel Ivanov Dom 9 Ago 2015 - 15:39

As palavras de Azrael atingiram Uriel em cheio os versos de um livro antigo, contadas como uma profecia a muito tempo esquecida, uma parte oculta da bíblia que se contava aos vampiros, nunca pensou que tal prova de fato existia.

Uriel pensou nas possibilidades daquelas palavras, mais um verso fazia tudo se tornar ao mesmo tempo claro e complexo em seu pensamento, “Uma alma marcada pela vingança terá que ceifar”. Em seu subconsciente ele sabia que aquele verso dizia respeito a ele, pois apenas a vingança dele era o que movia é apenas ela poderia dar o que Nicolau almejava.

Agora ele entendia que sua criação havia sido um joguete, uma peça colocada no tabuleiro por puro capricho onde havia uma possibilidade de sua sobrevivência e seu rancor se transformar em uma vingança, criando o combustível que com o tempo se tornaria um fruto que estava sendo cultivado para um momento mais oportuno.

Por fora Uriel apenas suspirou, mas por dentro sua fúria o consumia, como ele não pode prever aquilo, se aquelas palavras fossem reais a vida de Uriel estava em perigo, era uma aposta arriscada, mas ele não iria fugir, seu destino estava apenas em suas mãos, não de um escrito antigo.

― Então vamos... O dia logo irá nascer é minhas acompanhantes  provavelmente devem estar entediadas, afinal Sebastian não e o tipo de companhia agradável para garotas, você sabe bem disso. ― Sorriu para Azrael enquanto empurrava a pesada porta com facilidade seguindo para o corredor que levava até o hall.

Uriel teria que contar com mais alguém se quisesse que sua ambição fosse concretizasse, e apenas uma pessoa se mostrou capaz de entende-lo, mesmo que não aceitasse isso, ele sabia que apenas Lucinda poderia ajuda-lo no derradeiro momento, mais será que ela faria isso por ele? Uriel teria que pagar pra ver....
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Mensagem por Lucinda Price Seg 17 Ago 2015 - 20:31

Um silêncio arrebatava o hall, exceto pelo tilintar dos cubos de gelo no copo de Anabelle, que por sua vez já ponderava outra dose. Com os olhos fechados, Lucinda deixou que sua mente se inundasse na escuridão de seu cansaço, além da longa viagem ela ainda não estava em sua melhor forma, mesmo que sua arrogância convencesse do contrário. Um incomodo tornou a se agitar em seu estômago, como se um alarme a alertasse de algo que por descuido esquecera. Sua mente vagueou numa penumbra de pensamentos até encontrar o foco desejado e uma imagem retorcida se acendeu tentando se fixar com clareza, entretanto ela não conseguia ver nada além de borrões. De certo modo sentia-se indignada por não ser capaz de se lembrar do que sonhara outrora, pois sua memória tendia a ser muito detalhista quanto a tudo, "impossível ter esquecido em tão pouco tempo" - a sensação em seu estômago persistia levando-a a ter certeza de que algo não estava certo.

Próximo do hall, a pesada porta de madeira rangeu ao se abrir fazendo com que a atenção de todos se voltassem para o final do corredor, onde, por ele, surgiu a imagem tão conhecida de Uriel, mas desta vez uma segunda presença o acompanhava. Lucinda abriu os olhos rapidamente e acompanhou a trajetória dos dois cavalheiros até chegarem ao hall. Primeiro encarou Uriel, sua pose inabalável era a mesma, mas seus olhos diziam outra coisa e ela sabia disso, porém, deixou passar e preocupou-se com o cavalheiro ilustre ao seu lado.

Não teve medo de encará-lo, embora soubesse de quem poderia se tratar, sua nobreza única era a prova disso e diante aquela situação podia se imaginar o que viria a seguir. Descruzou as pernas lentamente sem tirar os olhos dele e levantou-se sem cerimônia depois de descansar o copo sobre uma mesa ao lado, dessa vez não seria a primeira a falar, lançou um breve olhar para o vampiro de cabelos negros, intimando-o a se pronunciar.
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Mensagem por Anabelle Lancaster Seg 17 Ago 2015 - 22:30

Sebastian permanecia quieto. Como era possível que ele se mantivesse tão distante? Olhei de canto para ele, não parecia sequer ligar para nossa companhia, então me sentei, tamborilando os dedos no braço do sofá.

Sem nada mais em que pensar, Uriel retomou minha mente. Havia muito tempo que estávamos esperando que voltasse. Estávamos num lugar entranho, com pessoas entranhas, e eu sequer sabia o que viria à acontecer. Situação totalmente típica.

Sorri ao me lembrar da primeira vez em que me juntara a Uriel. Ele havia me ajudado a fugir de um problema, pedindo apenas a minha cooperação em seus planos, os quais, desde então, eu não teria informações completas. Então me foi passada a missão de vigiar Nicolau, jamais deixá-lo perceber minha presença, ou ao menos, sem deixar parecer que eu o vigiava.

Não passamos muito tempo juntos, Uriel e eu, mas eu me sentia grata. Havia fugido de uma prisão, e ele me oferecera liberdade em troca de ajuda. Não era bem uma liberdade, mas vindo de Uriel, já era o bastante.

A porta se abriu no fim do corredor, virei a cabeça num movimento rápido, a tempo de ver Uriel passar pela porta, caminhando até nós. Nunca pensei que sentiria isso, mas era bom vê-lo de novo.

Um vampiro de cabelos negros e uma pose impecável caminhava junto à ele. “Volker? Aqui? Mas...”. Meu olhar vagava entre Uriel e nosso anfitrião. Lucinda se levantou ao meu lado, o que me fez fazer o mesmo, tentando amenizar o nervosismo que crescia em mim.
Anabelle Lancaster
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